O Kemper parece que veio mesmo revolucionar coisa

Eu desde ontem para hoje ainda não vi mais nenhuma guitarra que queira, por isso acho que estou a começar a ficar com essa coisa do Imune.

Sim sim... dá-lhe tempo... .

Que se saiba e de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o G.A.S. não tem cura conhecida,é extremamente contagioso para mal dos nossos pecados....

Isso mesmo, amigo Slider. Pa, é mais uma patologia compulsiva.
A discussão está animada em torno dos Kemper, fractal e afins. São mto bons mas eu gosto de coisas "velhas". E sinceramente não creio que amps a válvulas tenham os dias contados...cada vez há mais marcas, não creio que por falta de compradores.

Skaven escreveu:E... concordo que mais cedo ou mais tarde a tecnologia vai acabar com os amps a válvulas porque é muitíssimo mais barata, muito mais portátil e extremamente versátil mas... ainda não chegou lá, está quase.

olha que quando apareceram os transistores a conversa foi a mesma e no entanto...

O Kemper não é um amplificador (ou neste caso um pré-amplificador) nem um emulador. O que o kemper veio trazer à indústria, foi revolucionar o conceito da modelação:
-Enquanto que a line6, fractal, boss, tc electronics e afins inserem uns modelos próprios e uma emulação de alguns amps famosos, o kemper é um profiling amp, sendo que NECESSITA de um amp real" dador" para fazer essa emulação. O princípio é similar ao uso de impulses.

Agora, se o kemper soa igual ou melhor que x amp ou que a emulação dsp de determinado amp?

-Food for thought:

Vamos supor que 4 utilizadores aqui do forum têm o mesmo amp. um soldano por exemplo.
-até vamos supor que eles têm todos a mesma idade e cuja variação entre eles é (de fábrica) near zero.
-Ora continuando com a nossa suposição, os quatro amps já foram revalvulados...
cada user escolheu um determinado conjunto de válvulas (seja lá porque razão for), mas um dos users não afinou o Bias e tem as válvulas running too cold...

Para finalizar o nosso exercício mental, cada um destes quatro soldanos é, obviamente usado com uma guitarra (aqui interessa-nos é o tipo) diferente. Vamos fazer uma snapshot dos 4 amps para um kemper.

Pergunta: qual é que soa como um Soldano? E como é que se compara em relação às emulações de soldanos da line6 ou da eleven?

E é aqui que software como o Peavey Revalver e o Bias entram...

Agora, se o kemper soa igual ou melhor que x amp ou que a emulação dsp de determinado amp?

Soar em termos de output ou seja depois de gravado provávelmente vai ser muito ela por ela com o Soldano real agora em termos de feeling a tocar é que o filme já e outro mas... esqueceste-te de uma coisa vital que o Kemper falha totalmente chamada equalização!

O Kemper não vai trabalhar a equalização como trabalha um amp real e é por isso que quando compras um profile específico de um amp tens por vezes 500 imagens... .

Sobre a tua pergunta não posso responder porque não seí até que ponto a guitarra terá influência nos IRs e porque na realidade qualquer um dos 4 Soldanos é um Soldano na mesma, mas, quando compras um profile tal como escrevi em cima ele traz normalmente centenas de imagens do mesmo amp portanto... .

Eu penso que o futuro talvez não passe pela emulação de um amp real, acredito mais em algo como o S-Gear que fez um amp de raíz e ele soa (e responde) bem que se farta e estou mais do que convicto que em 50 ou 100 anos a tecnologia ultrapassa a questão das válvulas, não vejo grandes complicações... .

~Skaven, o problema é esse: tu tens tantas variáveis num amp a válvulas "real", que reproduzir isso numa emulação é complicado. daí ter falado no Revalver e no Bias, que, em termos de filosofia estão mais dentro do gearhead dum amp real a válvulas...

E até podes tirar completamente as guitarras da equação: uma JJ 17au7 não soa ao mesmo que uma tung sol 12ax7 e já vi amps iguais, com a mesma eq, com uma resposta completamente diferente.
(E em boa verdade o mesmo se passa nos transistores)

as válvulas são uma tecnologia completamente datada, não é em replicar uma válvula que está o problema: é em replicar essa variável entre válvulas

Bom... seguindo o teu princípio então também me é permitido pensar que tendo um Soldano real se calhar não é o melhor Soldano porque não têm as válvulas y ou x ou a cab w ou z portanto... .

Em boa verdade mudando as válvulas ao Soldano e tendo um Kemper basta-te apenas fazer um re-profile do mesmo amp e ficas então com o mesmo Soldano com válvulas diferentes, neste aspecto até é mais funcional do que o Soldano real porque não necessitas mais mudar válvulas para teres as duas possibilidades.

Porque se pensarmos como pensas então vamos passar para o outro lado, é muito mais fácil no Kemper mudar cabs e mics logo também tens muito mais possiblidades do que com um Soldano real (e é bastante mais rápido), já para não falar de que no Kemper as válvulas estão sempre quentes, gasta muito menos energia e reproduz o som sempre igual... .

Na minha opinião os problemas do Kemper são outros até porque o Kemper não emula um amp a 100%, O Kemper tira uma fotografia (snapshot) de um momento específico do Soldano e faz a sua reprodução apenas isso.

é isso: não se pode comparar uma snapshot de um kemper de um amp com outro amp (ainda que igual) ou com a emulação do amp. Ainda por cima porque as emulações são tiradas do esquema do amp e não de um amp específico. Será que alguém ainda tem (por explo) um bassman stock?

vou tentar convencer um amigo meu que tem um Kemper a vir aqui dar o seu cunho, ele melhor que eu pode dizer como é o bicho!

Eu estive quase quase a comprar um Kemper mas depois em cima da hora desisti porque achei que apostar numa tecnologia que ficará obsoleta em 5 ou 10 anos é má aposta até porque eu já toco com IRs e o meu som não é mesmo nada mau.

Sobre o bassman que falaste, provávelmente já existem profiles desse amp mas também se não o consegues comprar na realidade então o facto do Kemper não o ter não o desvaloriza mas sei por exemplo que já tens profiles de Dumbles etc... .

O facto do Kemper apenas tirar um Snaphot significa que não mexendo em equalizações consegues ter um output igual ao real e apenas isso mas também em compensação consegues fazer muito mais coisas do que fazes com o real como adicionar ganho em amps sem ganho, alterar os upper midds, presence, reverb etc... .

E... o facto de conseguires alterar o som para campos não existentes na realidade não significa que seja mau porque até poderá ficar a soar melhor e para um músico o importante é que o seu amp soe bem independentemente da marca.

Ou seja, tendo um profile no Kemper que não é bem igual ao original mas que soa melhor para mim é excelente... .

Outra coisa também muito importante de entender é que o som saíndo de monitores nunca será igual a saír em cabs ou então estamos a falar de sistemas que custam dezenas de milhares de euros mas também o Kemper permite tocar baixo com a mesma qualidade do que tocar alto algo que os amps a válvulas não permitem portanto... .

A meu ver é uma ferramente útil para tocar em casa e em estúdio mas sendo possível tocar alto então eu preferia ter dois amps dos bons em stéreo.

Este gajo prefere o som do Kemper ao do Original, neste caso claro



Lá mais para o fim do video, o inicio é a lenga lenga de como se faz um Snapshot etc.

Não me admira nada, o Kemper tira um snaphsot de um amp original e depois permite-te trabalhar esse mesmo snapshot muito mais do que o próprio amp portanto... .

Uma coisa que tens que ter atenção é que para quem toca com high-gain a compressão (clipping) do sinal é tão alta que uma emulação passa muito mais despercebida do que para com quem toca com som limpo e/ou ligeira overdrive onde tudo é muito mais transparente e já nem vou falar nos efeitos... .

Um gajo que toque blues têm uma overdrive, delay e (no máximo) chorus claro que há sempre gajos que usam mais coisas mas de uma forma geral a pedalboard de um gajo de blues é simples (Bonamassa não conta). Se pagares num músico de Metal a pedalboard dele normalmente está carregada de efeitos e como é obvio isso também conta imenso para tornar o efeito amp muito menos notório.

hey, eu toco Metal e não uso cá efeitos nenhuns é guitarra directa no amp!

(só um aparte)

Além de que o Kemper para high-gain têm uma vantagem óbvia e que dá um jeito do caraças... é muito menos ruídoso... .

hey, eu toco Metal e não uso cá efeitos nenhuns  é guitarra directa no amp!

E eu toco Blues/Rock e uso Chorus, Flanger, Tremolo, Octaver, Wah-Wah etc... mas de uma forma geral tens que concordar comigo que um guitarrista de Blues/Funk/Country normalmente liga um delay ao amp e siga enquanto que um guitarrista de Metal usa normalmente bastantes efeitos que ajudam a "mascarar" muito mais o efeito amp/high gain.

por acaso dentro do Metal não tenho visto os guitarristas a usarem muitos efeitos... às vezes vejo malta a usar um boost ou um wah mas nada de mais! até o tal amigo meu do kemper que é mais guitarra solo não usa qualquer efeito... Vejo mais efeitos em bandas de covers/tributos =/

mas lá está, pode variar de estilo para estilo... Se calhar uma banda de metal progressivo usa mais efeitos que uma banda de thrash... Eu toco uma mistura entre death/thrash/hardcore e não tenho qlq necessidade de efeitos por ex. É sempre a rasgar

atenção que eu não tenho nada contra o Kemper, muito pelo contrário, acho que é uma excelente ferramenta, especialmente para estúdio. As vantagens em tour, também me parecem óbvias, especialmente se tivermos em conta toda a logistica de backline e de variáveis de p.a., sala, técnico, etc. Mas não esquecer que que usa um kemper em tour, tirou as snapshots do amp X, onde fez o som.

o que eu volto a insistir, é que comparações só podem ser feitas com o amp em questão que deu origem ao snapshot, pois as variáveis existentes entre dois amps da mesma marca/ modelo não são contempladas (o tipo de válvulas por explo). Já a emulação, parte do esquema do amp e esquece essas variáveis também, mas aproxima-se mais do som que qualquer amp x terá de stock (não é que não se possa fazer o mesmo no kemper, mas julgo que a ideia não é essa).

quanto à desactualização da tecnologia:
-ainda que com uma tecnologia ultrapassada (anos 90), o boss gx700, continua a ser a "arma de guerra" de muito músico ao vivo. Se soa igual aos amps/ stompboxes que emula? Não, o que não invalida que tenha um excelente som (e muito menos estéril que por exemplo os pods da line6).

-Quanto à signal chain do músico de metal... pá, depende: o Herman Li usa 300mil efeitos, o Kerry king, uns dois...

Concordo contigo Gualter, ter um Kemper não é ter um amp real é apenas uma fotografia e é obvio que dá jeito em imensas situações mas pessoalmente podendo tocar alto continuo a preferir ter dois bons amps em stéreo.

Quanto á desatualização eu refiro-me muito mais à parte monetária do que propriamente á parte útil e ao seu período de vida. Não me agrada dar 2.500€ por um produto que sei que mais cedo ou mais tarde vou acabar por fartar-me e que vai desvalorizar estúpidamente rápido mas lá está eu não sou rico portanto penso nestas coisas.

Em relação aos efeitos por tipos de música, como eu disse há excessões mas de uma forma geral um guitarrista de Blues/Country/Soul/Funk/Jazz usa menos efeitos do que um de Metal ou Hard-Rock e isto é de conhecimento óbvio logo não vou discutir.

Aliás se pensarmos um pouco a tendência é quanto mais perto do som limpo menos efeitos usam, basta pensar que no Country e Jazz práticamente não usam nada, provávelmente nem Reverb (tirando mais uma vez algumas excessões).

vão lá convencer um gajo como o Bonamassa (ou outro do mesmo calibre), que tem 300 gajos para lhe carregarem o material e 500 horas para fazer som, para abdicar do seu gear e optar por uma solução de emulação (seja ela qual for).

epá os Machine Head também têm uma crew e andam a usar Kempers não sei se são do mesmo calibre mas...

ah ah ah, o cache dos machine head nem deve dar para as cordas do Bonamassa

não faço ideia quanto ganha o bonamassa apenas vi um video dos MH no méxico com 3 kempers e os techs deles às aranhas porque não sabiam muito bem como lidar com eles...lol!!

vão lá convencer um gajo como o Bonamassa (ou outro do mesmo calibre), que tem 300 gajos para lhe carregarem o material e 500 horas para fazer som, para abdicar do seu gear e optar por uma solução de emulação (seja ela qual for).

Concordo mais uma vez contigo mas o Bonamassa é um exemplo muito específico, a verdade é que a adesão aos meios digitais está a aumentar e de que maneira.

Infelizmente não estarei cá de aqui a 100 anos mas apostava que nessa altura provávelmente uns bons 95% dos guitarristas irão usar tudo digital.

enquanto houverem gajos a descobrir os Sunn e similares, dificil sera. talvez um dia, quando os amps tiverem extintos, mas aposto que aí tb não haverá guitarras tb...

Guitarras digitais com colocação de pickup num carril, ou seja, pickups amovíveis o que te permitirá muito mais sonoridades do que ter pickups fixos etc... .

Admira-me como ninguêm teve esta ideia, já pensaste bem nisto? Hoje tens guitarras com dois ou 3 pickups fixos, não fazia muito mais sentido ter um pickup num carril que deslizasse por todo o corpo?