Guitarras Chinesas - Cópias

<wwwguitarrayscom>

Aqui fica um site onde podem comprar cópias de guitarras e fazer como alguns 'espertos' fazem no olx - revender ao preço das originais e enganar os músicos mais desatentos.

Dá para ter uma noção do nível de (im)perfeição das guitarras. Fui directo ao youtube ver reviews destas guitarras, que apesar de serem totalmente ranhosas e as pessoas que as compram terem perfeita noção, ainda assim estão a contribuir para a continuação deste tipo de atividade. Nem sei como é possível o site estar online.

Isto deve ser totalmente ilegal e ainda assim continua.

Mas a razão principal foi que estava à procura de uma strat e apareceu-me esta que até é da minha zona:
https://www.olx.pt/anuncio/fender-stratocaster-usa-IDzW4mw.html#b416c10e27

e entretanto encontro o dito site e fui procurar a cópia e:
http://www.guitarrays.com/wood-color-fender-stratocaster-guitar-6-strings-fender-st-electric-guitar-with-three-single-coil-pickups-efdst182.html

Pá, eu nunca compraria uma, nem para mim, nem para enganar os mais distraídos. Agora, eu até "percebo" que se façam cópias de Fenders e Gibsons mas de Epiphones? E quase ao preço que custam novas? Isso é uma estupidez! Daqui a pouco vão falsificar as Classic Vibe.

Infelizmente, quem for novo nessas andanças cai que nem um pato!

Ibanez!!!!! Também copiam Ibanez!!!!! &$#%¥$>#

Isto de comprar estas guitarras é o maior disparate que alguém pode fazer, para alem de mostrar até um pouco de mau caracter" pois está a ir mais pela ostentação de ter uma fender/gibson/prs do que pelo instrumento em si " não pode ser alguém que saiba o mínimo de instrumentos pois para alem de serem mal feitas ,muitas das vezes para ficarem tocáveis tem de passar por um luthier e ai vão pagar uma bela nota.

Se é para ter uma guitarra chinesa ou de outro ponto qualquer da Ásia porque não ir logo para instrumentos que é sabido terem qualidade? afinal interessa mais a marca da guitarra do que o som/musico que a toca? sinceramente não compreendo:facepalm:

Infelizmente ainda há muita malta que liga mais à ostentação de mostrar qualquer coisa com o logótipo certo do que a procurar um instrumento fabricado como deve ser.Há cerca de 3 a 4 anos,era mato a malta que aparecia com guitarras da treta (Artz,Ashton e outras...) a pedirem reparações,setups e sei lá que mais; na maioria das vezes eram mandados embora porque os serviços que eventualmente se pudessem fazer,saíam mais caros que os preços pagos por aquilo,,,!

Já me cansei de avisar que este tipo de guitarras (e outras mais desconhecidas de agora e de há décadas) de baixo custo e qualidade,são um péssimo investimento sem retorno,mas os patos-bravos/chicos-espertos continuam a comprá-las e a virem chagar os luthiers e técnicos um pouco por toda a parte...

Haja pachorra,'dasssssssssss...

Amigos, desculpem a minha ignorância, mas como é que descobriram que a Fender era falsa?

Há alguns detalhes na construção,aspecto e alguns specs que permitem identificar se uma guitarra é genuína ou uma cópia.

Uma das coisas que salta logo à vista é o preço;dei-me ao trabalho de perder algum tempo a vasculhar o tal site,e tenho de admitir que embora sejam falsificações,algumas têm detalhes que enganam à primeira vista.Não sei qual a posição dos fabricantes genuínos perante isto tudo,mas por certo não deve ser "deixa-andar-que-chega-para-todos"....!

Estou-me a lembrar do caso célebre da Ibanez que nos anos '70 meteu no mercado as melhores cópias que já tive o prazer de ter nas unhas.Muitas deles eram superiores aos originais,desde Strato's,Tele's,LP's,SG's e por aí fora.Depois levaram com um processo judicial colossal e tiveram de parar de vez.Não deve ser o caso destas fábricas actuais,que por e simplesmente mudam de nome/proprietário do dia para a noite e são difíceis de localizar judicialmente dadas as localizações...!


Por outro lado,diversos países estão avisados para travarem a todo o custo tudo o que sejam falsificações ou réplicas não autorizadas,mas como bem sabemos,há muitas maneiras de se dar a volta nas alfândegas,e os armazenistas por grosso têm outros mecanismos para contornarem a lei...

Relativamente às cópias chinesas, a verdade se diga, mas muitas marcas têem grande culpa nisto. Na busca de aumentar os lucros, procuraram mão de obra barata, e recorreram à China para o fazer, assim como tantos outros de muitas outras indústrias.
O resultado, foi que os chineses receberam de bandeja os moldes para fazer os produtos.
A Fender, com a Squier, mostraram como se fazer Stratocasters em série, a Gibson com a Epiphone, mostrou-lhes como fazer tudo, e por aí a fora.
Infelizmente a China rem uma política comercial, pouco ou nada honrosa. O que interessa é vender e muito. Direitos de propriedade intelectual, é algo que não existe, porque tudo o que se crie é do estado e para usufruto de todos.
Concluindo, as marcas deveriam ter feito melhor o trabalho de casa, e escolhido outros países em busca da tal mão de obra barata, mas com melhores práticas comerciais. A Dean Zelinsky escolheu a Índia, outras a Indonésia, outras a Coreia, mas também se diga, com os scanners 3D e toda a tecnologia que existe, ninguém está livre de ser copiado hoje em dia.

Grande verdade, granadas!
Tenho conhecimento de em Paris ter havido uma Expo de materiais para piscinas e uma empresa conceituada, ter um stand em frente com os seus produtos exactamente iguais a metade do preço. Só mudava o nome! Dão os moldes, depois, surpresa ...

Precisamente,por essas e outras razões que nos passam ao lado;sabe-se lá que acordos têm sido feitos fora do domínio público...!   Tenho notado de há uns bons 10 anos para cá,tem havido uma invasão sistemática de instrumentos de todas as qualidades e géneros,e a qualidade tornou-se relativa ou mesmo insignificante perante os preços praticados!

Sempre houve,há e haverá quem se preocupe em comprar instrumentos de boa qualidade,independentemente dos preços,mas isso são minorias ou profissionais que dependem do que compram e não olham a questões financeiras;é outro campeonato....!

Para o consumo amador ou entusiasta,as coisas já fiam de outra maneira;pesa muito o poder de compra entre outros factores,e é precisamente por esse motivo que os chineses atacam em força.Pouco lhes importa se o artigo em causa tem defeito....troca-se e está o problema resolvido...!

Face à crise global,as marcas só tinham duas hipóteses à escolha:

1 -  Mantinham a produção tradicional,e teríam forçosamente de aumentar os preços para combater os custos de produção cada vez mais elevados;se tivessem um volume de vendas considerável,e se fossem ao encontro das tendências que os mercados pedem,lá se iríam safando...!

2 - Escolher a maneira mais fácil:baixar a fasquia em toda a linha,concessionar a produção a mão-de-obra considerávelmente mais barata,e num relativo curto espaço de tempo,vão mantendo os lucros que de outra forma muito difícilmente teríam,se mantivessem as coisas como era dantes...!Assim tem acontecido!

A China e outros países próximos,onde a mão de obra é o que se sabe,atraiu centenas de empresas,que abriram fábricas descomunais e até construíram áreas residenciais próximas para os trabalhadores,e assim reduziram substancialmente os custos e vão vendendo.

Nem tudo que é fabricado na China e arredores é de baixa qualidade ou para inglês ver;já tive em mãos alguns equipamentos fabricados por lá,que sendo uma alternativa mais barata,não deixam de ter qualidade,porque as fábricas de onde saem têm supervisão rigorosa das entidades/empresas que os comissionaram para esse efeito...!

Conclusão óbvia : olhos e ouvidos abertos e nunca comprem nada sem ver e experimentar exaustivamente;se não tiverem a possibilidade de o fazer,não façam,por muito tentador que pareça um eventual negócio!

Slider, fizeste-me lembrar uma experiência vivida por mim. Trabalhei numa empresa de cartografia e sempre imperou a qualidade, mas com a "descoberta" da China e da Índia, o trabalho passou a ser feito nesses países. O meu trabalho passou a ser, corrigir o que vinha de lá. Escusado será dizer que o velho ditado "Quem nasce torto, nunca ou dificilmente se endireita" passou a ter muito significado. Avisamos a direcção e a resposta era que por aquilo que pagavam, justificava. Quando o trabalho começar a ser feito por noruegueses ou suecos e perderem o leque de clientes, aí abrirão os olhos. Nas guitarras tenho a sensação que o pessoal começa a agarrar-se às vintage, não só por serem mais bonitas e com história, mas por a qualidade se melhor.

Sem dúvida,mas não só pela inquestionável qualidade associada à antiguidade de algumas guitarras,mas também porque nos tempos que correm o risco de apanhar gato por lebre é manifestamente superior ao que acontecia dantes.Não é novidade que falsificações sempre houve,há e haverá,mas hoje em dia já nem se dão ao trabalho de passarem despercebidos...

Tenho algumas guitarras e outros instrumentos vintage,mas nunca as comprei para rentabilizar,mas sim pela personalidade do som de cada uma/um.É óbvio que o tempo ajuda as madeiras e outros comonentes a adquirir uma certa cura ou maturidade e isso altera muita coisa.A saber que nem tudo o que é considerado vintage é extremamente valioso ou raro.

Deixo-te um exemplo que já fez correr rios de tinta e ainda ninguém conseguiu explicar porquê:

A Gibson lançou no ano de 1957 um modelo LesPaul equipadas com um tremolo Bigsby de origem a fazer match com o restante hardware,fosse em níquel ou acabamento dourado;as duas únicas opções eram ou humbuckers P.A.F. '57 ou P-90.Para além dos specs da época,as guitarras eram absolutamente iguais a tantas outras produzidas em anos anteriores ou posteriores,mas um determinado número das produzidas nesse ano de 1957,atingiram valores entre os coleccionadores absolutamente obscenos!

É certo que quem tem dinheiro à bruta para estoirar e torrar,faz o que lhes dá na gana e lixam-se para o resto,mas está devidamente documentado que um exemplar dessas Gibson,devidamente certificado e autenticado,atingiu um valor record de cerca de 175,000 dólars num leilão de instrumentos vintage.Desde então que  os diversos grémios/associações de coleccionadores,fabricantes entre muitos outros,decidiram nivelar as coisas por baixo de modo a travar a especulação galopante que atingiu níveis absolutamente absurdos nos anos '80,'90 e parte da primeira década já deste século.
Ainda tenho um folheto de um armazenista/revendedor de instrumentos vintage (meados dos anos '90)com alguns preços de cortar a respiração...

Há muitos interesses obscuros no meio disto tudo e nem todos dizem respeito ao que julgamos,infelizmente...

A especulação é das coisas mais tramadas. Graças a isso, muita gente ganha dinheiro que se farta, a outra coisa que faz essa gente ganhar dinheiro, é a burrice dos outros.
Dar 175.000$ por uma guitarra!!! Mas porque raio?
É estupido, e igualmente estupido, já agora permitam-me o desabafo, é pagar-se mais por uma guitarra, porque alguém andou a raspar com uma faca e a meter o hardware em acido, de forma a fingir que é velha.
Chamam-lhe 'relic'. Mas eu alguma vez pagava para que alguém estraga-se uma guitarra!!! Dava-lhe era com ela nos cornos, se alguém pega-se numa guitarra minha e a raspa-se com uma faca.
Tem 'mojo' comentam alguns. Mas que raio é isso de 'mojo'?
Tocam melhor? Soa melhor?
Não, nada disso, a verdade é só uma. Querem passar por gajos muito dedicados, fingindo que tocam desde há muito e muitas horas por dia, mas a realidade é que continuam a tocar mal e porcamente, porque têem preguiça para praticar.
Querem tocar bem? Fixe, então em vez de fingirem que tocam muito, toquem de facto, e até pode ser que daqui a uns anos a guitarra fique com um aspecto de usada, porque de facto o foi. É isso sim, é 'mojo'. O outro métodos, não passa do mesmo que os chineses fazem, fake, ou melhor, em vez de mojo, é nojo.

Concordo absolutamente com o teu ponto de vista!

Curiosamente,e isto voltando ao teor do tópico,estou-me a lembrar de alguns modelos de guitarras de origem chinesa que vão enchendo os expositores de algumas lojas mais low-cost...!No ano passado fui com um amigo aqui de Almada à procura de uma guitarra para o miúdo dele.Como estava a começar a aprender,não se justificava uma guitarra de marca muito cara,e fomos ver o que andava por aí.
A marca era Tenson,mas que era uma réplica da stratocaster relativamente bem construída,disso não haja dúvidas.O hardware fraco mas no geral para um preço à volta dos 120€,e foi exaustivamente experimentada,acabou por ser a que esse amigo deu ao filho.

O tempo foi passando,o miúdo evoluiu,troquei algumas peças de hardware mais fracas (switch de 5 posições e pots),e o resto foi-se aguentando.De um modo geral,para o fim a que se destina,tudo bem;não custou nenhuma fortuna,o miúdo gostou e tira partido dela num pequeno Roland Cube 20 dos originais,e não constitui nenhuma falsificação descarada.A marca não me diz nada,mas no geral diria que é aceitável...!A vida está cara e nem toda a gente tem possibilidades financeiras de oferecer uma guitarra de marca aos filhos;eu respeito muito estas situações,porque conheço muito boa gente que conta literalmente cada cêntimo no dia a dia...!

Agora cópias ranhosas e à descarada como as que vemos no site,isso já ultrapassa os limites....

É isso mesmo Slider, não há vergonha nenhuma em se procurar ter um instrumento de custo acessível, e até mesmo chinês, indiano, ou la o que quer que seja. Quem pode, pode, quem não pode, tem de aguentar-se e compra o que a vida permite.

E a malta ainda falava das Harley Benton's ou das Jack And Danny's...essas perto dessas parecem guitarras feitas de encomenda por um luthier...o que eu vi nesse site deu-me medo !

Da mesmo medo. Comprar usado é cada vez mais um risco, porque infelizmente as pessoas têem cada vez menos escrúpulos, e até mesmo comprar em loja, nunca se sabe. Há lojas que naturalmente são honestas e que sempre tiveram produtos genuínos, servem desde sempre os profissionais, e obviamente não querem perder a sua boa reputação. Mas também há pessoas gananciosas, e nunca se sabe se a sede do lucro se sobrepõe à sede de bem servir, por isso não é boa ideia comprar um instrumento dessa gama, sem exprimentar e sem conhecer minimamente a casa.

...e não se esqueçam do reverso da história: também há guitarras fabricadas na China que têm qualidade e os preços são bastante aceitáveis,mas nunca tão baratos nem tão mal amanhadas;basta procurar com calma que no meio da confusão lá aparecem algumas surpresas agradáveis...!

Nos últimos anos a tendência tem sido cada vez pior,mas há cerca de uns bons 5 a 6 anos para cá,encontravam-se kits de guitarras e baixos que,com algum trabalho mais cuidadoso davam bons instrumentos,se bem que algum hardware teria de ser substituído.Montei alguns para amigos,e no geral surpreendeu pela positiva e o "estrago financeiro" ficou em conta!

tenho uma classic vibe feita na china, passo a mão do braço e nos trastes e estão arredondados. As linhas são perfeitas, o peso é agradável, toca muito bem e mesmo usando o tremolo (depois do meu setup) lá vai mantendo a afinação sem grandes ondas. Os acabamentos são muito bons para uma guitarra desse preço. O som satisfaz. É feita na China mas tem qualidade.

Nada tem a ver com os cancros das réplicas em que as guitarras nem mesmo com setup profissional afinam. São cópias integrais do visual e não de tudo o resto. Não lhes interessa absolutamente mais nada que não seja imitar os logotipos, pintura, forma.

Quanto a comprar uma guitarra e comprar gato por lebre há várias coisas que se podem testar:

- Toca bem mesmo desligada?
- O peso corresponde ao tamanho? É leve demais ou pesada demais?
- O corpo tem emendas visiveis ou algo que as possa cobrir tipo uma linha branca que se possa parecer com algum motivo decorativo?
- o hardware de metal tem aspecto barato?
- os trastes estão bem nivelados e boleados ou as pontas parecem cortar?
- nas fender (a entrada do truss rod normalmente tem acabamento à volta quando são genuínas)
- os logotipos estão alinhados ou parecem meios tortos

Há uma infinidade de sinais mas por norma se a intuição nos diz que ali à gato é porque há!

A tokai tb fez réplicas de fender, gibson, etc.. mas que réplicas tão apetecíveis se japonesas)

Nunca comprar uma guitarra de grande valor sem tocar nela primeiro a não ser que as fotos sejam bem esclarecedoras mas nada garante - há vendedores ebay/olx que postam fotos de dentro da parte eletrónica, do braço, etc onde podemos ver que percebem da poda mas nada garante.

As yamaha de gama baixa costumam ser instrumentos muito interessantes e mesmo em loja não arromba a conta bancária mas como vocês disseram atrás - eles querem ter a marca no headstock.

'Relic' acho uma merda! Eu gosto de ver as guitarras com desgaste mas não as quero ter para mim. Se fui eu que provoquei tudo bem caso contrário...

É bem verdade.Curiosamente na minha pequena colecção tenho duas guitarras fabricadas na China;a Walden G630CE-RV,que para o que custou em 2011 (510€) revelou-se uma excelente guitarra,e muito poucas alterações lhe fiz.Uma guitarra com specs e desempenho equivalente de gama média/alta iria custar entre os 900 e os 1300 €.
Outra é a Fender Telecaster Modern Player que veio por troca de outra guitarra que eu tinha à venda.Passou por melhoramentos a nível de circuito e pickups,e como tinha algumas mazelas estéticas resolvi dar-lhe um acabamento em preto.Nova custaria na época cerca de 449€ e nos dias de hoje um bocado mais perto dos 500.

Valeu a pena...? Sem dúvida;tenho o som que quero/gosto,não gastei nenhuma fortuna e tanto uma como outra cumprem exactamente o que pretendo.

Em tempos tive um projecto com amigos de longa data e meti-me a construir/montar uma strat preta em kit.O projecto seria uma espécie de tribute band aos Pink Floyd,mas sem pretensões de ser mais do que um projecto de amigos.Infelizmente,por razões que não vou explicar aqui,o projecto foi encerrado definitivamente,e acabei por vender essa guitarra a um amigo.Tinha um som muito aceitável,confortável de tocar e cumpria o que eu tinha estabelecido como objectivo principal.

Cada caso é um caso e se tentarmos generalizar seja a que título for,acaba por bater tudo ao lado...!

Nem mais! A parte fundamental é saber tocar e depois vem tudo o resto. Se a guitarra é elétrica tudo tem influência no som final. Ontém estava a ouvir isto:

Fender Studio Sessions: Michael Landau Group Performs ‘Renegade Destruction’



O som que ele tira do setup dele é como uma pintura pois ele manipula o material para obter determinado efeito e a característica sonora é fruto das escolhas que faz. Ao contrário de muitos guitarristas em que acaba por ser o material que usam que determina o carácter musical.

O som final que qualquer músico tira tem que ver com tudo o que ele usa,desde a guitarra (com todos os specs e mais alguns!),a escolha de cordas,pickups,etc,os cabos,efeitos (e o modo como os usa!),e finalmente o tipo de amplificação e altifalantes escolhidos!

É tudo muito subjectivo e controverso,quando alguma malta se mete a comprar/copiar um set de um múscio qualquer com a finalidade de obter "aquele som";muito raramente conseguem,porque para além de todo o hardware uma coisa nunca irão conseguir : o "kit-de-unhas" e a sensibilidade individual de cada músico.Basta picar uma corda um pouco mais acima ou abaixo e o timbre/tone/whatever altera-se significativamente,com tudo o que isso implica...!

Eu levei bastantes anos até definir o que era o "meu som";o que gosto mais numa eléctrica de corpo sólido,ou numa semi-acústica,e também nas acústicas.Acabei com dois sets absolutamente diferentes,e em cada um há diferenças notórias de guitarra para guitarra e dependendo do que vou tocar e como!

Não é fácil (se fosse estava o assunto arrumado e soavam todos iguais!),dá trabalho,por vezes custa a nota preta chegar a um ponto que nos satisfaça,mas o ser humano tem tendência para mudar e alterar as coisas...é uma espécie de busca (inglória!) pelo Santo Graal,seja lá isso o que tiver de ser!


Um dia de cada vez...!

Sim concordo.

Eu estou satisfeito com o som que tenho, também já não toco em bandas.
Depois ainda tenho visto por aí muito debate (tonewood e coisas do género) mas aquilo que considero para mim é basicamente, que se o instrumento for tocável e estiver em 'boas' mãos é o suficiente para trazer a personalidade artistica à tona de água.

Mas pelo menos já não tenho o sentimento de 'estar a perder algo'. Eu aceito o tipo de som que me 'calhou' e vou procurando na altura dos pickups e nos 'tones' se me satisfaz mais ou menos. Ainda ontém descobri um som que acho brutal na strat, na posição 2, julgo que bridge+middle, corto os agudos todos ao middle (pois n tenho o mod de ter um tone para o pickup da bridge - tb não sei fazer) e eis que surge um surpreendente som cremoso de lead com bastante definição. Talvez seja o facto da classic vibe ter um bridge demasiado estridente, não sei. Ficou no bloco dos meus apontamentos.

Isto é um aparte que podia estar na revista Maria na zona do consultório:
Depois estou quase tentado a vender a Telecaster...
Cada vez mais prefiro a strat chinesa.
Esta guitarra faz-me querer tocar e parece estranho dizer que tenho uma ligação com ela. Tudo porque consigo tirar os sons que quero, o que na Tele não é bem assim. Há qualquer coisa no som da Telecaster de que não gosto. Já estou cansado de mexer nos pickups, na acção, etc... já experimentei n coisas mas não me ligo a ela... é mais dificil tocar na Telecaster. Por exemplo um tema que toco bastante é o Scuttle Buttin, na classic vibe faço-o sem esforço e sem ter de olhar para o braço. Na Telecaster esquece... Mesmas cordas, acção muito semelhante, mesmo tipo de neck, mesmo raio... braço com acabamento igual ou parecido.

Eu entendo isso muito bem,porque tenho os dois mundos,Telecaster e Stratocaster.Diria que uma complementa a outra e estou a falar em traços/specs gerais.Se entrarmos nos detalhes acabamos por encher duas páginas e ainda ficaria muito que dizer...!

A stratocaster deve ser a guitarra mais versátil e ergonómica que alguém já inventou (obrigado Leo Fender e respectivos colaboradores!).Presta-se a uma variedade enorme de desempenhos,e é fácilmente modificada.A telecaster,apesar de ser mais rudimentar,também é extremamente flexível e modificável,mas nunca foi assim tão user-friendly como a strato;dá muito mais luta,é relativamente desconfortável se usada com a strap acima da cintura(ataca as costelas como gente grande!),algo desiquilibrada,mas tem uma personalidade muito característica mercê do hardware que usa e os diversos specs que a caracterizam.

Eu nos tempos que correm,já deixei as bandas de parte;alinho com muito poucos amigos de longa data em algumas cenas que controlamos sem stresses.Um bar aqui,outro acolá e sempre com uma cumplicidade de muitos anos.Já nem nos damos ao trabalho de marcar ensaios (não precisamos;já nos conhecemos à légua e quando um arranca numa direcção,o resto da malta segue naturalmente e resulta nas horas!!!)

Eu quando modifiquei a minha telecaster,perdi um pouco aquele som característico,mas ganhei outras dinâmicas e versatilidade que era escassa inicialmente.O circuito é em tudo semelhante a uma strato,com o selector de 5 posições,o pot de tone tem um push-pull agarrado que me permite ligar o pickup da bridge em paralelo com os outros(neck and mid) e assim tenho várias hipóteses à escolha consoante o que toco e como toco.

As strato's estão absolutamente full-stock e não lhes mexo!

Penso que disseste tudo o que havia a dizer !!!