Pedals Analógicos e suas vantagens!

Galera, boa noite. Queria compartilhar com vocês todas as vantagens que obtive ao trocar o meu equipamento digital pelo analógico. Gostaria que deixassem suas experiencias também. Utilizei por muito tempo a pedaleira Boss GT-10 e a pedaleira ZOOM G2E. Obtive bons timbres, principalmente para solos, mas algo me incomodava muito quando as utilizava ao vivo. Foi aí que descobri que quando saía do meu quarto para tocar ao vivo, a diferença de acústica de um lugar pequeno para um grande é realmente impactante. Ao vivo, utilizamos um volume maior, e pude perceber que o meu equipamento digital estava afetando o meu som no sentido de sua artificialidade! O som ficava para trás perante o resto da Banda, e a questão não era o volume, mas sim as frequências que o meu equipamento gerava. Ao fazer a troca pelo equipamento analógico, pude perceber também, a quantidade extrema de efeitos que facilitavam a minha forma a de tocar (compressors,delays,reverbs,quantidades extremas de ganho, noise, eqs) Em outras palavras, senti dificuldades ao executar minhas técnicas com o meu novo equipamento. Dificuldades que foram contornadas junto com a minha insatisfação dos meus timbres ao vivo. Consegui uma sonoridade profissional, timbres incríveis, mais pegada e resolvi meus problemas. Contras = Custo alto e readaptação de regulagens e da maneira de tocar. Contras que te ajudarão a crescer como profissional! Recomendo! (obs: para gravações eu prefiro utilizar o equipamento digital, como plugins, hacks e etc! Pela sua facilidade, eficiência e custo benefício)

Calma...

é certo que a dinâmica obtida num palco,com níveis sonoros muito mais elevados que em casa,é uma diferença abismal,e nem tem ponto de comparação!Relativamente à velha história analógico versus digital,isso é assunto que dá panos para mangas e discussões intermináveis.

Para começar,estamos a falar de duas arquitecturas diferentes,com comportamentos específicos para cada uma e as diferenças são notórias.Qualquer uma tem os seus prós e contras,se bem que a nível profissional em equipamentos de topo/high end,as diferenças nem são assim muito relevantes.
Já discutimos (...e continuaremos a discutir!),as diferenças entre tocar em casa e ao vivo.Os equipamentos nem sempre são os mesmos,e as circunstâncias também.O que aconselho a qualquer um,é o que sempre fiz na medida do possível: testar todos os equipamentos em todas as possibilidades,seja no quarto,na sala de ensaios,no estúdio,no palco,na rua...whatever!Deste modo ficamos a saber o que podemos e não podemos fazer com os equipamentos que temos,ou o que eventualmente poderá ser necessário.

Tenho bastantes equipamentos analógicos,alguns digitais e de uma maneira geral consigo que façam o que eu quero seja lá em que situação for.Se não experimentarmos fora da nossa zona de conforto,por certo que não é em cima do palco que devemos testar a ver se resulta ou não...!Aí já é tarde...and shit happens!!!

Food for thought...!

Concordo com o Slider, para cada situação é diferente. É também uma questão do tipo de amplificador que tens, porque uns pedais analógicos funcionam melhor em amps a válvulas, mas também funcionam "bem" com amps a transistores, falo por experiência própria, experimentei e não desgostei.

É experimentar para ter uma ideia das coisas, o digital funciona bem num sitio, o analógico noutro, mas quem prevalece é sempre o nosso ouvido, acho eu (acusem se quem discorda) !! Eu uso o digital para a pimbalhada, pedaleira, amp a transistores e vira, funciona bem e é prático (também já usei analógico); para curtir em casa uso válvulas e pedais, tocar as "minhas cenas".

Para finalizar, isto é um assunto que vai ser sempre discutido por todos aqueles que não só tocam um instrumento, quem faz som, quem ouve.

Básicamente é isso;os diversos equipamentos reagem entre si de formas diferentes,e basta uma ligeira alteração em qualquer ponto da cadeia e já se obtêm resultados absolutamente diferentes.Não dá para generalizar a 100%...!

Falando das reacções e ligeiras alterações entre os diversos ...

Uma coisa que sempre resultou nas actuações ao vivo foi a filosofia de manter longe dos microfones os gajos que tocam/cantam mal... ou seja, o resultado é absolutamente diferente apesar de eles lá estarem a fazer figura na mesma.

A maior dificuldade é quando o gajo que está nas percussões nem para desenrascar serve e aí é necessário um esforço mental para ignorar a badalhoquice que ele está a fazer... um batucador digital seria muito melhor sem dúvida.

Se formos por aí,então seriam necessários muitos acessórios digitais para substituir os tais gajos que estragam mais sós que o resto das bandas...

A evolução não pára,e tanto no analógico como no digital existem excelentes equipamentos como também grandes flops...há de tudo para todos os gostos!

Exatamente, a tecnologia avança, depois existem os que a acompanham porque o gas sobe sempre ou quem se mantenha pela rotina do ouvido!

Duas coisas a ver:

Esta tabela faz sentido num nível mediano,mas em equipamentos high end,as diferenças são absolutamente irrelevantes e a qualidade geral é elevada,assim como os preços...!

Quando comecei a trabalhar,era tudo 100% analógico,e tal como nos dias de hoje,havia diversos patamares de qualidade e especificações.Óbviamente que os artigos mais baratos estavam limitados quer em performance,quer em qualidade geral,mas os de topo era outra conversa;outro campeonato à parte.
Hoje em dia,mercê da evolução natural das coisas,passa-se exactamente o mesmo:o barato desenrasca com todas as dores de cabeça incluídas,o mediano satisfaz desde que não se ultrapassem determinados limites,e o topo de gama corresponde a 100% ao expectável,e tal como há 40 anos atrás,paga-se e muito bem!!!!

Um exemplo típico:

nos anos '80,uma mesa de mistura de produção profissional da Solid State Logic,série G4000+ analógica,custava na altura na sua configuração base 24/24 InLine à volta de 30.000.000$00 (trinta mil contos!!!!),sensívelmente 149,600€.Nos dias de hoje estes valores aumentaram para cima de 20 vezes...!

Um equipamento digital equivalente nos dias de hoje ultrapassa fácilmente os 250,000€,e a qualidade é absolutamente inquestionável!

http://www.blackboxsound.com/consoleoxf3.jpg

sim senhor! Nada a dizer. Apenas que a maioria das discussões na net do analógico Vs digital não chega a esses patamares - mas devia.

Esse tipo de discussões,sempre houve,e haverá...(a velha questão : quem apareceu primeiro...o ovo ou a galinha...?!)

No meu entender,e baseado em mais de 40 anos de experiência profissional,não sou avesso à evolução,mas reconheço que muita merda foi feita em ambos os campos,analógico e digital,mas também apareceu muita coisa de relevância e ainda bem!

Houve processos que foram prejudicados,enquanto que outros beneficiaram o meio.Se soubermos procurar,escolher calmamente os diversos equipamentos de acordo com o que pretendemos fazer,e acima de tudo aprendermos a tirar 100% partido do que temos em mãos,com todos os prós e contras implicados,só não se faz se seja lá o que fôr,se não quisermos...!

É caro...?implica grandes investimentos...? pois claro que sim;a níveis profissionais não se contam cêntimos,nem nos dias de hoje nem há anos atrás.O barato sai sempre caro,e o que é bom e de qualidade paga-se e muito bem!!!

_Nenhum apareceu primeiro está sempre um dentro do outro. Só faz sentido existirem os dois aos mesmo tempo. Não sou nada avesso a inovações mas tal como tu gosto de me desviar do que não presta e por norma pesquiso para tentar comprar dentro do melhor preço/qualidade pois não gasto muito. Prefiro quase sempre em 2ª mão com melhor qualidade do que novo e mais fraco.

Agora lembrei-me de algo que detesto: amps hibridos com simulação de sons tipo estes que inundaram o mercado nos ultimos 5/6 anos. Tem uma válvula no pré, por exemplo e um dsp. Nada contra isto mas o som é quase sempre ranhoso. Mesmo tirando 100% partido não é lá grande partido...

Depois vejo vários profissionais com o AXE FX, Kemper, etc... onde já faz mais sentido tirar partido. Isto sem falar em preços megalómanos. Penso que Steve Stevens usa um AXE FX e aquilo nas mãos dele soa.

No meu caso pessoal tenho um pod xt que está encostado e na altura quando passei de um software ranhoso chamado guitar fx box para passar a gravar com o pod foi um grande upgrade ao que podia fazer. Agora olho para o Pod de lado... quando já posso tocar num ampzito a válvulas prefiro 1 som do meu amp aos milhares de simulações do pod, contudo na banda usava o pod para maior versatilidade comprometendo o som mais puro e natural.

Agora tb há a questão desse gear que não é para todos. Pelos menos para mim não que sou só um amador. Apesar de sonhar com um Matchless sei que muito dificilmente posso rodar os knobs de um na minha casa ficando-me pelos do meu terror.

Eu tb sou da era dos cartuchos ainda...

Isso... Já não basta cá em casa a Maria a chamar-me velho, ainda vens tu
reforçar a ideia!

Correcção oficial e oficiosa:

"Velhos são os trapos!!!Os músicos,roadies e afins Não têm idade,e os cabelos não são brancos...são prateados!!!"

xaxaxaxa

Eu por mim ainda ando de volta da minha pandora box para ver se ela volta a funcionar... enganou tanta gente nos anos 90... ainda me chateio e compro uma dessas ultimas que fizeram. Andei anos e anos (muitos,demasiados) com um roland super 60 dos anos oitenta e uma GT-10. Acho que foram feitos um para o outro. E a coluna de 15" do roland impunha respeito a quem pensasse o contrario. Funcionava bem em casa (baixinho...) e em pequenos bares. Muitos pros usam a gt-10, e outras, com o método dos 4 cabos, e com alguns pedais auxiliares. Mistura-se o melhor dos dois mundos (overdrive+pre-amp + compressão analógicos, o resto digital vindo da pedaleira).

Hoje, tenho a Gt-10 de lado (acho que mal, porque a brincar a brincar o delay, o pitch, o chorus, o loop, e mais alguns não são nada de se deitar fora), só uso amps a válvulas e pedais analógicos. Bem... o que é que é um pedal analógico hoje em dia? As delay stations mais versáteis hoje em dia, afinal são digitais... para isso temos as GTs da vida, certo?

É isso mesmo;saber aproveitar o melhor dos dois formatos,porque gostos há muitos e variam de forma muito irregular.Nem vale a pena meter tabelas de preços ao barulho,porque é sabido que se por um lado,o material bom e que vale a pena custa a nota bem negra,por outro lado temos o maldito market dos gadgets boutique em que cerca de 10% vale realmente o que pedem e o resto é para inglês ver/ouvir!

Dentro do chamado...aceitável,cada um faz as suas escolhas de acordo com os gostos pessoais.O resto é pura rotina...

Eu se não fosse esquerdino dizia-te o que faria com essa slide guitar

Adiante! Resta dizer que se soubermos aproveitar bem esta onda digital, poupa-se muitos trocos. Quanto aos pedais boutique... Não consigo aceitar que um pedal qql dos normais custe 400 EUR, é uma vergonha.

Existem algumas excepções,mas realmente os gajos às vezes esticam-se largo...

Bem... o que é que é um pedal analógico hoje em dia? As delay stations mais versáteis hoje em dia, afinal são digitais...

Um pedal analógico hoje em dia é o mesmo que em qualquer outro dia.. um pedal que não converte o sinal em digital para o processar.

Delays digitais é algo comum e não se trata de uma questão económica para tornar o produto barato, é uma questão de gosto. Convém lembrar que um delay é um efeito "pós" que funciona em paralelo com o sinal mas não é um gerador de timbre.

Concordo completamente. Referia-me a casos em que pensamos que o pedal é analógico e afinal é semi-analógico, ou mesmo digital. Sim, existem uns pedais que eu considero semi-analógicos porque são aplicados algoritmos de software em cima do sinal em wave (não convertido, sem DACs mas com aplicação de algoritmos em software). Soa sempre a "martelada"...

Algoritmos em software sem DAC? Que equipamentos são esses?

O software age sobre o hardware, mudando parâmetros, e aplicando acções, mas, supostamente, a parte do audio passa por circuitos que não fazem DAC. Não tenho agora presente um exemplo, mas já vi disso.

Nos dias que correm e se passarmos a faixa dos 500€, os equipamentos digitais já têm uma qualidade muito boa e uma resposta que diria que se assemelha em 95% aos equipamentos analógicos.

Conheço muita gente que deixou os amplificadores e os pedais de parte para apenas usar processamento multi FX (pedaleiras) e as razões de queixa são praticamente inexistentes. O som, a resposta as dinâmicas do musico, está tudo lá.

Claro, que se tivermos uma pedaleira de 200€ e trocarmos, por exemplo, por um Vox AC30, um TS808 e um Carl Martin Red Repeat, óbvio que vamos notar uma melhoria brutal no som. agora se por exemplo, usarmos uma POD HD500X e formos comparar com os equipamentos analógicos que referi em cima, as diferenças vão ser mínimas.

Se subirmos a fasquia para os 1500€ (e mais) e formos pegar em FRactal, Kemper e tantos outros, esqueçam. É completamente descabido fazer uma comparação porque ou muito me engano, ou só se vão ver diferenças se analisarmos os equipamentos com um software capaz de ler essas diferenças

Recentemente um gajo que sigo meteu um video no canal dele no YT a falar sobre questões de "legadlidade" etc sobre o Kemper. gerou alguma discussão noutro forum e através das conversas fiquei a saber que os Metallica já usam AXE FX para os seus live shows desde algum tempo, como tinha visto um video sobre o live gear deles (de 2010 acho) não pensava que alguma vez iriam aderir ao Digital desta maneira.

A resposta foi dada no AXE FX forum pelo Guitar tech do James:



Hi everybody,
My name is Chad and I am James' guitar tech. Thanks for the kind words regarding the new guitar rigs we have going...

Changing from our tried and true analogue guitar rigs to AxeFx systems was a giant leap for the band and us tech's alike. Everyone felt that the technology provided by FAS was good enough to make this kind of change. There were several reasons to try this. Once the problem of getting our equipment to Antarctica was established, we had a reasonable excuse to make a leap of faith. The Grammy's backed that up.

É  o post #84 desta página e já é de 2014:

http://forum.fractalaudio.com/threads/metallica-using-axe-fxs-on-stage.83548/page-5


Uns posts a seguir aparece o Tech do Kirk:

Hi Guys, I am Justin Kirks' tech, I thought I would chime in and echo all Chads' statements about the help we have had from FAS getting to this point. Also it is very encouraging to hear all the positive stuff about the tones from you guys.

I am still using the Dunlop rack Wah as I sometimes need 8 pedals on the stage. Because it is a TRS system (just three wires for the switch and control ) I can use the audio tie lines to get back to my rack rather than having to home run each run.

Re the tones, the band have a lot of confidence in us, together with the Monitor engineer , Front of house engineer and Recording engineer to know that we are "in the ball park" and it is more likely that I will tweak the gain .1 or .2 either way to make it "feel right" than any major changes. If Kirk is needing to cut through in his mix we will do this with EQ on the monitor board for his ear mix rather than the Axe, as that affects everyone.

As we get a chance to hear Kirk and James play the set every night we feel we can hone these tones even further

Thanks to all that have posted positive comment and some great tones there guitarjon

The Cabs are purely for feel and feedback everything everyone hears in pure AXE

Cheers

Justin


Eu acho que Amps/Pedais e o resto do material analógico irão cada vez mais ficar confinados a Estúdio ou a small local gigs, usar um Kemper ou um Axe FX torna tudo muito mais simples e barato.