Review Emma ReezaFRATzitz (vr1) - Pedal Distorção

Review Emma ReezaFRATzitz:

Decidi fazer esta review porque este é um pedal pouco conhecido em Portugal logo, penso que será interessante partilhar a minha experiência.

História:
O Reeza é um pedal boutique de distorção que têm como raiz o pedal Rat, portanto, é uma modificação Dinamarquesa do famoso pedal da Pro Co Sound, que eu saiba existem 2 versões do pedal, eu tenho a primeira (pedal do lado direito) e pelo menos visualmente a diferença para a segunda é apenas a alteração de um knob Tone para dois knobs Low e High a pintura da versão 2 é mais engraçada e a nível sonoro pelo que li há diferenças pequenas, segundo a marca a segunda versão têm algumas melhorias no circuito e no som... admito que sim não sei, pelo que li há poucas diferenças.

Tamanho:
Exactamente 12cm altura por 9 de largura, portanto, similar a um Big Muff PI c/ Tone Wicker, Wampler Pinnacle Deluxe e Okko Diablo.

Construção:
Muito resistente (tipo tanque) se não fosse Dinamarquês diria Panzer, nota-se que é construido para durar, switch que não sendo Carling é de alta qualidade, knobs excelentes, pintura simpática (versão 2) não sendo claro uma pintura tipo Z-Vex Hand Painted e, é alimentado por 9v centro negativo (mais convencional).

Ruído:
Para um pedal de distorção e para a distorção que emana é muito pouco ruidoso talvez o menos ruidoso que ouvi o que se deve provávelmente aos componentes de alta qualidade sendo que como qualquer pedal de distorção não é silencioso.

Bypass:
Não é true-bypass é sim buffered, os construtores chamam-lhe de untrue-bypass podem ler porquê aqui:
http://www.petecornish.co.uk/case_against_true_bypass.html
Para quem não leu tudo e resumidamente, chamam-lhe untrue-bypass porque arranjaram uma forma electrónica de contornar a questão do bypass garantindo que o som sai com a mesma ou ainda melhor qualidade do que entra no pedal desligado.
A minha verdade, acredito e cito que sim, de facto, quando tiro este pedal da cadeia noto que o sinal fica um pouco esmurecudo e estou a falar de apenas 4 metros de cabo entre a guitarra e o amp portanto sim este buffer dá vida ao sinal sem modificar aos meus ouvidos o som da guitarra mas... também não deixa de ser verdade que o meu Fuzz Face colocado depois deste buffer não funciona nada bem o que nunca me aconteceu com os pedais true-bypass logo... tirem as vossas conclusões, eu acredito na história defendo que este buffer sim funciona mas... cuidado com o que colocam depois dele.

Knobs:
LEVEL (Grande capacidade de volume, toco com ele a 1/10).
TONE (Aumenta ou reduz o Bass básicamente, altera alguma coisa mas não muita confeço).
BIAS (Segundo a fábrica serve para adaptar o pedal aos tipos de amps A ou B, aos meus ouvidos rodando o knob da esquerda para a direita, aumenta um pouco o treble, reduz o scoop, reduz a compressão e aumenta as harmónicas do pedal).
GAIN (Distorção e muitíssima).

Som:
É um pedal de Medium/Very High Gain, com a distorção no mínimo pensem em WhiteSnake com a distorção perto do máximo pensem em Sisters of Mercy, Mettalica (Black Album), Sepultura dentro destas lides, talvez dos pedais que tive/ouvi com mais Gain, mais ou menos a mesma quantidade de distorção de um Suhr Riot sendo que o Riot é claramente construido para Lead Guitar e o Reeza é muito mais virado para Rythim o que pode ser modificado com o Stack por exemplo de um TubeScreamer.

O som do Reeza é um som carregado de Bass portanto com um Scoop impressionante (talvez de aí o Fuzz?) não é uma distorção carregada de Treble como por exemplo o MXR FullBore Metal a ideia aqui é (aos meus ouvidos) simular um amp de alto ganho por exemplo um Bogner ou Mesa Boogie dando muita ênfase ao som mais grave, não é um pedal para fazer um solo brutal no meio de uma banda sem o auxílio de um TS ou de um Treble Booster.

É um pedal pensado para parecer um amp, soa a amp confeço que aos meus ouvidos tanto como o Bogner Red que já tive e despachei mas não é um pedal versátil, por exemplo, com um Wampler Pinnacle tocamos de Blues a Metal e aqui isso não é possível talvez por falta de Eq. (pelo menos na versão 1) ou talvez porque o pedal não foi pensado assim, com o Reeza tocamos ritmo e música pesada apenas, longe de mim (com o material que tenho) pensar tocar Blues com este pedal, admito que num Fender Reverb ou outro amp ou até com pedais de Eq. isso seja possível... para mim não funciona nem foi construído a pensar nisso e há pedais bem melhores para tocar Low/Almost Medium Gain.

Quando o knob da distorção passa das 12 horas o pedal fica com aquele toque típico do Proco Rat portanto entra na onda do Fuzz mas um Fuzz um pouco diferente (aos meus ouvidos) o som no início sai com muita distorção e com o tempo (Sustain) transforma-se num Fuzz, extremamente harmoniozo quando tocado do traste 12 para baixo isto é especialmente notável com HBs sendo que com Single Coils também se nota bastante mas não com o mesmo ênfase.

Resumo: (para quem não teve paciência para ler tudo).
É um pedal pensado para distorção pesada, parece um amp, o som sem Stack para mim é propício para Rythim Guitar não muito bom para grandes Leads, é um pedal pouco versátil mas o que faz, faz extremamente bem, portanto aconselho para quem procura um som de Hard-Rock pesadito a Metal, desaconselho para tocar bandas hard-rock tipo 80's Van Halen, Poison, Kiss (penso que há pedais do mesmo preço melhores) para 90's 2000s... é um otimo pedal, talvez dos melhores que tive e já foram muitos.

Se tiverem dúvidas ou correcções, estou ao dispor.

@Marlon vais gostar deste pedal.

Tive a felicidade de experimentar este pedal do Skaven, e digo-vos, manda uma jarda que sim senhor. Muito bom! Mesmo!

Pena é o preço, um bocado alto (190€ aprox), mas acredito que vale bem mais a pena que outros do mesmo género mais caros.

Isto de ler reviews é bonito e tal, mas e..... clips? QUEREMOS CLIPS!

Adicionei um em cima que não sou eu a tocar porque não só o reviewer toca bem melhor que eu como têm um amp diferente o que ajuda a ter outra ideia do pedal. O próximo vídeo que colocar no youtube gravo com o Reeza.

Gracias!

sorry...

Grava isso e deixa-te de tretas sff.

pronto lá vem o raio do GAS outra vez

Skaven,antes de mais nada parabéns pela review!

...e realmente faz todo o sentido a teoria do Pete Cornish que já conheço há muitos anos.De notar porém,que o gajo usa bastante e com enorme proveito line drivers e buffers dedicados precisamente para assegurar que o sinal se mantém,com ou sem efeitos sempre no mesmo nível!

Outra coisa...tem pena dos vizinhos,porque eles acabam por ouvir música da boa...quer queiram ou não queiram!!!!

pronto lá vem o raio do GAS outra vez

a quem o dizes amigo... .

Skaven,antes de mais nada parabéns pela review!

Eu aprendo tanto convosco que é no mínimo um dever partilhar o que vou aprendendo também, obrigado.

Outra coisa...tem pena dos vizinhos,porque eles acabam por ouvir música da boa...quer queiram ou não queiram!!!!

Eu tenho Slider, o problema é que eles não têm pena de mim e obrigam-me a tocar com phones em casa.

...e realmente faz todo o sentido a teoria do Pete Cornish que já conheço há muitos anos.De notar porém,que o gajo usa bastante e com enorme proveito line drivers e buffers dedicados precisamente para assegurar que o sinal se mantém,com ou sem efeitos sempre no mesmo nível!

Concordo com o Pete aliás já tinha ligo algo semelhante escrito pelo Gilmoure mas cuidado... se sim é verdade que o tamanho do cabo é importante, também estamos a falar provávelmente dos 6 metros para cima e muito mas muito importante... há buffers e buffers Slider e tu sabes isso bem melhor que eu.

Brutal!!

Skaven,um dos meus monitores de há muitos anos em Inglaterra foi precisamente o Phil Taylor e o Brian Mascarine,dois dos mais reputados e eficientes Senior Technical Manager's da terra da Tia Isabel.Não basta saber mexer nas coisas se não entendermos primeiro como elas funcionam e porquê!

Tudo isto à volta das guitarras e demais backline,passando pelos complexos sistemas de P.A. (já para não falar de outras áreas adjacentes...) não se aprende de um dia para o outro,é tudo extremamente heterogénico e sempre em constante evolução.Contudo,há um determinado número de coisas que sempre funcionaram do mesmo modo,e pouco ou nada se alteraram (talvez se tenham refinado para melhor,mas o essencial permanece inalterado!).
De certo modo,a malta cá por estes lados brinca aos Pro's e por vezes com grande proveito e excelentes resultados,mas também verdade seja dita,que se nos decidissemos a montar os nossos sets como deve ser,os orçamentos dispararíam em flecha por muitas e variadas razões.No seguimento da conversa e estabelecendo uma ligeira comparação,vai lá ao site do Pete a ver quanto custa um Liner Driver dos mais básicos....

http://www.petecornish.co.uk/Pedals.html

puxa... .

Pois é...estás a ver o preço do LD-1,não estás...?

infelizmente está muito acima das nossas possibilidades práticas.Não que que não conseguíssemos montar um set completo como deve ser,mas em vez de se gastar entre 600 e 1500€ (guitarra,efeitos,amps,colunas,cabos,etc) apanhávamos com uma factura muito além dos 5000€ e não seria o supersumo da batata...!

Vamo-nos desenrascando mais modestamente,sem muitos fogos de artifício irrelevantes.O que nos vale é que mais caro ou mais barato sempre vão aparecendo alguns remakes relativamente aceitáveis...

Pois é...estás a ver o preço do LD-1,não estás...?

E não só, um pedal de distorção (3 knobs) que custa perto de 500€ ultrapassa os limites do razoável, venha o ruído e os buffers menos bons.

Vamo-nos desenrascando mais modestamente,sem muitos fogos de artifício irrelevantes.O que nos vale é que mais caro ou mais barato sempre vão aparecendo alguns remakes relativamente aceitáveis...

Concordo a 100%.

Convém destacar aqui o facto de não só o Pete como também a vasta maioria dos técnicos alterarem efeitos de origem para terem os specs adequados para posterior montagens de pedalboards e racks integradas.Nós limitamo-nos a comprar este ou aquele pedal,e mistura uns com os outros ao longo dos anos até acertarmos no som que procuramos;eles não,e muitas vezes vão ao encontro do que os guitarristas pedem ou querem.Muitas das coisas que existem nos dias de hoje passaram por diversos testes até se optimizarem os resultados,muitas vezes difíceis ou quase que impossíveis de replicar a 100%...mas não é por isso que a malta desiste...

é de doidos...

Não Z3D,não é de doidos;é simplesmente um campeonato a sério sem restrições financeiras em que falhar nunca é uma opção,e os objectivos atingem-se custe o que custar.

No caso do Pete,ele simplesmente não brnica em serviço;só usa componentes de primeiríssima escolha e exaustivamente testados.Há uns bons anos começou por montar Power Stations de maneira a garantir corrente limpa e mais do que suficiente para se ter em palco.A alimentação primária faz-se com fichas de 32 e às vezes de 64 Amperes,e daí para a frente,vai-se desmultiplicando conforme as necessidades requeridas.O primeiro cliente foi o Sting,e daí em diante já construiu para cima de 200 unidades de alimentação/rectificação para backstage (custam a nota muito preta,mas os resultados justificam plenamente!)

Sim, nós temos que pensar que isto é material fabricado/pensado para músicos profissionais que ganham centenas de milhoes de dollars/euros e que exigem apenas o melhor para si, visto sobre essa perspectiva entendo até porque verdade seja dita se este material existe e têm este preço é porque há quem compre... .

Do meu ponto de vista como músico de trazer por casa acho... inadequado.

Slider no que toca aos pedais que ele tem à venda, eu aposto O Q QUISERES contigo que os componentes que ele usa sao tao bons como os que se encontram em pedais de fraccao do preco.

Os diodos, os trasistores, os op/amps, nao teem nada que saber, sao fabricados aos lotes por diversas companhias.
Um diodo por exemplo, ou funciona ou nao funciona! tal como uma resistencia, um condensador etc. Mesmo que haja algum transistor especifico, nunca teria um preco de tal forma exorbitante que justifique dar 500 libras por um pedal.

Agora, se me falares no design do circuito, esse paga-se. E mesmo assim, como ja tive oportunidade de mostrar ao Skaven, muitos dos Cornish sao alteracoes a circuitos ja bem conhecidos.

Por isso eh que disse .... de doidos.

Nem entre por aí com essa cena das apostas...

a maioria das pessoas quando compra componentes electrónicos só tem duas escolhas: ou vai às lojas do costume,umas melhores que outras e como tal sujeitam-se ao que há com as tolerâncias que sabemos... .Por outro lado,se entrares em contacto directo com uma fábrica e comprares directamente em lotes consideráveis com tolerâncias menores,por certo que a qualidade final não será necessáriamente a mesma que se usasses componentes com 10% ou 20% de tolerância...

O Pete é um conhecedor de certas coisas que nos passam ao lado,e leva tudo ao pormenor mais insignificante,e até à data,que me conste e a muita gente,ainda nunca teve uma reclamação.Já trabalhei com alguns equipamentos fabricados por ele e por outros profs do mesmo gabarito e digo-te uma coisa...não tem nada a ver com o que se arranja nas lojas.


É como eu digo...é outro campeonato!

Acredito que sejam equipamentos de topo, sinceramente acredito. Até todo o desenvolvimento e investigação por trás tem de ser paga.

Mas eu estou a falar dos pedais, tipo o P1, Slider. Eu acredito piamente que ele escolhe os componentes a dedo, mas nunca um diodo/condensador/transistor/resistencia, por muito bem escolhido que seja, iria justificar o preço exorbitante que pedem. 523£ por um P1 (mais de 610€) que mais não é um Big Muff com um ou outro mod?? Está tudo doido?
Conheces o circuito do Muff Slider? 4 transistores, meia-duzia de diodos, resistencias e condensadores ... acredita, mesmo que ele vá escolher os de menor tolerancia que existe, NUNCA justificaria sequer metade do que ele pede.
Agora, a "justificação" de incluir o buffer Cornish genuino, desenhado por ele, é que justifica esse preço? Não sei. Mas se for, é na mesma...de doidos...

Como disse, não duvido da qualidade, mas há de certeza um aproveitamento do nome, da fama. Esse é o campeonato diferente.

Tudo bem,mas uma coisa é certa: as cenas do gajo funcionam e bem,contráriamente a outros equipamentos que tenho apanhado pela frente ,alguns bem mais caros.Ele vai ao fundo das questões e nunca generaliza,porque cada caso é um caso.

Só para te dar a volta ao teu equipamento,medir tudo sem qualquer transformação/modificação e dar-te uma parecer honesto,objectivo e bastante informativo,cobra-te à volta de 160£,mas ficas a saber dos prós e contras e indica-te as soluções mais adequadas.É da mesma escola do Leo Fender,mas num contexto diferente.

Entrando ligeiramente em Off Topic,isto faz-me lembrar de um artista que pediu para cerca de 30 minutos de performance numa estação de televisão cerca de 50,000 dolares.Quando o produtor se mandou aos arames e lhe disse que era muito para 30 minutos,o gajo respondeu e muito bem:

"Pois é...para si são apenas 30 minutos de produção;para mim é uma vida inteira de investimento em mim mesmo...!"

Não duvido Slider, nada mesmo, do que disseste.
Chegaste a um ponto importantíssimo. A vida inteira de dedicação e querer fazer sempre melhor, criar "nome" na indústria, vender a sua imagem, convencer e dar provas que o serviço é top!
Isso paga-se MUITO bem.

Pois paga,e de que maneira...!


Trabalhei de perto com um dos melhores aprendizes dele,o Brian Mascarine infelizmente já falecido,e dei-me conta das muitas e insuspeitadas modificações que se fazem com regularidade em alguns efeitos,amplificadores e outros acessórios.Bem podemos procurar nas lojas que é tempo perdido...