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Blitz news

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Mensagem por kicos Qua Nov 25 2009, 10:44

Pessoal, como eu costumo ter algumas informações desta revista, gostava de fazer esta área de notícias da revista blitz
Enjoy Smile

Vendas de discos crescem com leis anti-pirataria
Na Suécia, vendas de discos subiram 18% após entrada em vigor de lei anti-pirataria musical. Ligação directa não está provada mas medida pode ser aplicada noutros países - como Portugal.
As vendas de música na Suécia cresceram 18% nos primeiros nove meses deste ano, noticia o jornal inglês The Guardian.

Esta é a primeira evolução positiva naquele mercado nos últimos sete anos, marcados por um contínuo declínio nas vendas .

A subida nas vendas segue-se, na Suécia, à entrada em vigor da lei anti-pirataria musical e à acção legal contra o site de partilha de ficheiros Pirate Bay .

Um pouco por toda a Europa, vários países ponderam adoptar uma medida semelhante à da Suécia.

Por seu turno, os oponentes da mesma lembram que o acréscimo das vendas poderá ter a ver com o surgimento de mais s ites legais de venda de música , como o Spotify - aliás, do aumento das vendas na Suécia, 80% corresponde ao mercado digital e apenas 9% aos formatos físicos.

A adesão de muitos suecos ao Partido Pirata - que nas mais recentes eleições europeias ganhou um lugar no Parlamento - é outro dos argumentos dos que se opõem à punição dos prevaricadores.

Tal como na Suécia, também na Coreia do Sul as vendas de música cresceram 18% na primeira metade deste ano, o que corresponde ao primeiro sinal positivo desde 2004.

Citado pelo Guardian, um representante da indústria discográfica da Suécia afirma: " É como o excesso de velocidade . Se houver câmaras de segurança as pessoas começam a andar mais devagar. Até podem não ter mudado de atitude, mas encontram alternativas legais porque não querem ser apanhadas".

Também em Portugal os internautas que fazem downloads ilegais poderão ficar sem internet , caso a União Europeia aprove o chamado Pacote Telecom. Se este for para a frente, as autoridades de cada país poderão cortar o acesso à internet sem ordem judicial prévia já em 2010.
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Mensagem por kicos Qua Nov 25 2009, 10:46

THE PRODIGY NA CAPA DA BLITZ #42
BLITZ de Dezembro nas bancas na próxima Sexta-feira, 27 de Novembro. António Sérgio, The Clash, The Doors, Madonna, Rammstein, Marilyn Manson, Franz Ferdinand, Air e Editors são outros destaques.
Os ingleses THE PRODIGY , que no próximo mês de Dezembro actuam no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, são a figura de capa da revista BLITZ de Dezembro , nas bancas na próxima Sexta-feira, 27 de Novembro.



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Mensagem por Convidad Qua Nov 25 2009, 11:12

epa a serio isto é uma estupidez... so da vontade de um gajo nem pagar internet e mandalos todos para um certo sitio.... k nervos k isto me mete
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Mensagem por Convidad Qua Nov 25 2009, 12:17

Bela porcaria de capa.
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Mensagem por Rod Qua Nov 25 2009, 12:40

podia ser pior com os my chemical romance ou afins...eu até curto de prodigy por acaso
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Mensagem por slasheduff Qua Nov 25 2009, 12:44

que m**da e esta agora? e para verem no que o mundo se esta a tornar, ja nao podes ouvir musica pelo prazer de ouvir, tens que pagar, baixem os preços e eu paro de fazer downloads, ate la, nao paro
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Mensagem por Convidad Qua Nov 25 2009, 16:34

pessoal, nao é o fim do undo, acho que se voces fossem os artistas e vissem as vossas musicas a circular na net e nao recebecem um chavo por esta circulaçao estar a ser ilegal nao iam gostar... nao tenho grande moral para falar, porque também saco... bastante alias, mas nao precisamos de fazer uma tempestade num copo de agua...
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Mensagem por slasheduff Qua Nov 25 2009, 17:06

ja expliquei, se baixassem os preços dos cds eu comprava, se nao, saco, e se eles decidirem tirar a internet a quem saca, 2/3 de quem tem computador vai ficar sem internet
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Mensagem por kicos Qui Nov 26 2009, 15:37

Optimus Alive!10: primeiros bilhetes já à venda
O Fã Pack FNAC Optimus Alive!10 contém um voucher a trocar por um bilhete e uma t-shirt. Compradores mais sortudos poderão encontrar um "bilhete dourado". Saiba mais.
São colocados à venda esta Quinta-feira, 26 de Novembro, os primeiros bilhetes para o Optimus Alive!10 , que se realiza a 8, 9 e 10 de Julho do próximo ano.

Nas lojas FNAC, será possível comprar, a partir de hoje, o Fã Pack FNAC Optimus Alive!10 .

O que consta deste "pacote"? Um voucher , a trocar por um bilhete diário ou passe de três dias, uma t-shirt exclusiva e o direito a entrar no recinto do Optimus Alive!10 por uma porta exclusiva , a Porta FNAC.

Entre os packs colocados à venda esta Quinta-feira, cinco trazem ainda um b ilhete dourado , que permitirá ao seu portador entrada permanente na Zona VIP do evento, visita guiada ao palco e aos bastidores e contacto directo com os artistas do cartaz.

O bilhete dourado não poderá ser adquirido nas lojas, alerta a Everything Is New.

O Fã Pack FNAC Optimus Alive!10 estará à venda até 10 de Janeiro , nas lojas FNAC e no site daquela cadeia de lojas. Os vouchers deverão ser trocados por bilhetes entre 11 de Janeiro e 30 de Abril.

O Fã Pack para um dia custa 50 euros ; para três dias, o preço é de 90 euros .
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Mensagem por kicos Qui Nov 26 2009, 15:37

Beyoncé tem melhor canção da década para o NME: veja aqui o top 20
"Crazy In Love" foi tema mais votado pela publicação britânica. The Strokes, MGMT e Klaxons também contemplados.
"Crazy In Love", da cantora soul/R&B Beyoncé, foi considerada pelo pessoal do New Musical Express (revista, site, programa televisivo e rádio) como a melhor canção da década.

Do top 20 da publicação britânica constam músicas marcantes dos Strokes, MGMT, Arcade Fire, Arctic Monkeys, The Walkmen, Radiohead ou OutKast (à semelhança dos Yeah Yeah Yeahs, a única banda com duas ocorrências no top 20).

Veja aqui a lista do NME e diga de sua justiça: quais as melhores canções dos anos 00?

1. Beyonce - Crazy In Love
2. MGMT - Time To Pretend
3. The Strokes - Hard To Explain
4. MIA - Paper Planes
5. OutKast - Hey Ya!
6. The Rapture - House Of Jealous Lovers
7. Klaxons - Golden Skans
8. Blur - Out Of Time
9. Arcade Fire - Rebellion (Lies)
10. Arctic Monkeys - A Certain Romance
11. The Libertines - Can't Stand Me Now
12. The Streets - Dry Your Eyes
13. The Walkmen - The Rat
14. The White Stripes - Seven Nation Army
15. Yeah Yeah Yeahs - Bang
16. Rihanna - Umbrella
17. Yeah Yeah Yeahs - Maps
18. OutKast - Ms Jackson
19. Radiohead - Reckoner
20. Hot Chip - Over And Over
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Mensagem por Convidad Qui Nov 26 2009, 15:50

quem sao eles para dizer quais saoas melhoers musicas? ninguem pessoas como nos depois aparecem listas como essas enfim
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Mensagem por kicos Qui Nov 26 2009, 15:53

já viram a cena dos vouchers da fnac? Parece ser fantástico! Só não adiro porque tenho exames!
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Mensagem por kicos Seg Nov 30 2009, 15:04

Pavilhão Atlântico esgotou para ver os britânicos Muse. Mais que um concerto, o espectáculo revelou-se um festival de sensações, com a música e o cenário a encherem as medidas dos milhares de fãs que marcaram presença. ~

Às 17h00, bem antes de os Muse - ou mesmo Biffy Clyro, convidados para assegurar a primeira parte - subirem ao palco do Pavilhão Atlântico, já a multidão rodeava o edifício da sala lisboeta, formando extensas e disformes filas de pessoas carregadas de expectativas (grande parte sub-25, embora já dentro da sala tivéssemos percebido melhor a transversalidade geracional dos seguidores da banda britânica).

Nem com o verdadeiro dilúvio que às tantas escorreu do céu a massa humana arredou pé. É aí também que começamos a perceber que os 10 anos de edições discográficas da banda liderada por Matthew Bellamy renderam ao trio uma legião de fãs devotos (no sentido religioso da palavra).

Eram 19h30, faltando portanto meia hora para os escoceses Biffy Clyro subirem ao palco, e a sala maior do Parque das Nações mostrava-se muito bem composta (recorde-se que o concerto se encontrava esgotado há meses).

"Olá Lisboa, nós somos os Biffy Clyro", num português bem ensaiado, foram as primeiras palavras que se ouviram, dando início à actuação intempestiva do trio escocês. Trouxeram Only Revolutions , um novíssimo álbum, para apresentar e não se fizeram rogados na hora de servir o seu rock nervoso, por vezes experimental por outras a pender para um caminho trilhado pelos Queens of the Stone Age. "God & Satan" ou "Who's Got a Match?", do anterior Puzzle , foram alguns dos temas que deixaram o público rendido ao virtuosismo da banda. Entre golpes de bateria, chegaram mesmo a ouvir-se ovações dignas de respeito.

Sensivelmente 15 minutos após a hora marcada, e depois de congeminadas diversas teorias sobre os três arranha-céus que constituíam o pano de frente do palco, as luzes apagam-se finalmente para a entrada dos protagonistas da noite. Um a um, acendem-se os apartamentos dos três prédios, surgem depois vultos a subir escadas e quando esses mesmos vultos começam a cair (qualquer semelhança com a realidade não será pura coincidência), a introdução adensada pela pulsação acelerada da música rebenta no início de "Uprising". Os três elementos dos Muse surgem então em três plataformas distintas, bem acima do palco, e o público recebe em êxtase o primeiro single do novo The Resistance , cantado a plenos pulmões.

A componente visual dos espectáculos do trio de Teignmouth, à qual sempre foi dada a devida atenção, está mais aguçada que nunca, com as teorias da conspiração de que o líder Matthew Bellamy tanto gosta a reflectirem-se nela. Feixes de laser e um esquema de luzes que deixa qualquer um como um burro a olhar para um palácio, ajudam a construir um ambiente perfeito de tensão extasiante. "Resistance" (segundo tema da noite e também o segundo tema do novo álbum) mantém o público em alta, com o seu ritmo cavalgante e teclados mágicos.

Trocando as voltas àqueles que já pensavam que a banda seguiria por The Resistance adentro, a primeira surpresa da noite veio na forma do velhinho "New Born", para grande contentamento da plateia. A banda desce então ao palco e o festim de lasers atinge níveis hipnóticos. Tempo para avançar até ao muito celebrado Black Holes and Revelations , que esta noite partilhou o protagonismo com o novo álbum: ao brilhante "Map of the Problematique" sucedeu um envolvente "Supermassive Black Hole", mais demoníaco que nunca.

Marcando o regresso ao presente, "MK Ultra" ajuda a clarificar que os temas de The Resistance não só estão na ponta da língua como são bastante bem recebidos, como se veria mais à frente na balada progressiva de ritmos arabescos "United States of Eurasia". Pelo meio, um dos temas mais celebrados da noite: "Hysteria" é, juntamente com "Stockholm Syndrome" já no encore, uma das poucas incursões por Absolution (álbum de 2003), mas nem por isso deixa de ser uma das mais celebradas da noite.

Sentado ao piano luminoso, Bellamy recupera então "Feeling Good", tema celebrizado na voz de Nina Simone que renasceu em formato rock no segundo álbum do trio, Origin of Symmetry . Mantendo o ritmo relativamente calmo, a ponte para o presente faz-se com "Guiding Light" e, depois de um interlúdio bateria/baixo em plataforma giratória, irrompe "Undisclosed Desires", tema dançável que constitui o actual single e parece arrebatar bastantes corações femininos entre a plateia.

Seguir-se-ia então a sequência ganhadora do concerto: "Starlight", "Plug In Baby" e "Time Is Running Out" levam a audiência ao êxtase. Saltos, refrões cantados a plenos pulmões exigiram a entrada em cena dos balões brancos gigantes que gravitam nos concertos dos Muse desde a época de Hullabaloo . A terminar o corpo principal do espectáculo esteve "Unnatural Selection", mais um tema do presente que, em registo acelerado, se revela um dos temas novos que mais surpreende ao vivo. A saída de palco deu-se depois dos elogios merecidos ao público.

As apostas para o encore eram várias: "Bliss", "Sing for Absolution", "Muscle Museum" ou "Unintended" seriam porventura as mais desejadas, mas a banda volta a trocar as voltas e serve a sinfónica "Exogenesis: Symphony Pt 1: Overture" (falsete irrepreensível de Bellamy), saltando depois para o estrondoso "Stockholm Syndrome" e o divinal "Knights of Cydonia", acompanhado por coro gigantesco e explosões de fumo a finalizar.

O culto dos Muse em solo nacional - bem sustentado por concertos memoráveis na Aula Magna, em festivais a norte e a sul e no Campo Pequeno - está mais vivo que nunca e o trio britânico voltou a justificar esta noite a chusma de prémios relativos às suas prestações ao vivo que recebeu em terras de sua majestade. Bravo é dizer pouco.

Alinhamento

"Uprising"
"Resistance"
"New Born"
"Map of the Problematique"
"Supermassive Black Hole"
"MK Ultra"
"Hysteria"
"United States of Eurasia"
"Feeling Good"
"Guiding Light"
"Undisclosed Desires"
"Starlight"
"Plug In Baby"
"Time Is Running Out"
"Unnatural Selection"

"Exogenesis: Symphony Pt 1: Overture"
"Stockholm Syndrome"
"Knights of Cydonia"
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Mensagem por kicos Seg Nov 30 2009, 15:06

Blasted Mechanism no Coliseu dos Recreios

Foi num Coliseu transformado em bosque que os Blasted actuaram. Com uma energia inesgotável, houve festa no palco e na grande plateia.

Foi perante uma plateia compacta que os Blasted Mechanism ontem se estrearam no Coliseu dos Recreios em Lisboa, paragem simbólica para bandas que procuram confirmação para o seu crescimento junto do público. Para assinalar tal feito, o Coliseu foi "transformado" numa espécie de mini-Boom Festival: as mesmas cores na decoração, os mesmos motivos de um esoterismo new age-espacial.

Acrescentava-se a isso um desenho de luzes que realmente enchia o olho e um sistema de som surround que só deve ter sido sentido por quem de facto se posicionou no centro da plateia do Coliseu. Tirando isso, foi um concerto convencional - ninguém levitou, não se abriu nenhum portal para outra dimensão, nenhum klingon surgiu ali teleportado inesperadamente.

O público que acorreu à celebração dos Blasted dividia-se, claramente, em duas facções: uma mais suburbana, outra mais próxima do espírito trance do tal Boom Festival - dreads apocalípticos incluídos.

E a verdade é que ambas as "correntes" se mostraram rendidas à música dos Blasted Mechanism desde a primeira nota, embora a explosão de entusiasmo durante "Nadabrovitchka" indique um ascendente sobre o resto do reportório.

Como é mais do que claro, a ética ecológica do grupo é louvável - os bilhetes vendidos para o Coliseu traduziram-se em árvores plantadas e por isso mesmo ouviu-se o agradecimento "obrigado por nos ajudarem a colocar a floresta de pé".

Mas manifestar uma preocupação com o planeta Terra enquanto se apresentam vestidos como uma espécie de aliens do profundo espaço sideral pode acarretar o perigo de uma interpretação que coloque os Blasted como seres moralmente superiores à espécie que tenta em Copenhaga através dos seus líderes arranjar uma saída para o impasse ambiental em que nos encontramos. Mas falemos de música...

A mistura entre rock, electrónica e sons do mundo servida com um pulsar acentuado que leva a que toda a plateia passe o tempo a saltar tem o inconveniente de ser normalizadora em excesso: a dada altura, quase não se percebe as diferenças de reportório e um estranho ao universo Blasted pode mesmo ficar com a sensação de que o concerto é, na verdade, feito por um único tema de duas horas com pequenas variações - Índia aqui (e ali e acolá), México mariachi mais à frente, turbo-folk dos Balcãs adiante e uma vocalização constantemente devedora das práticas nos sound systems jamaicanos.

Mas se há de facto a utilização de diferentes "especiarias" em diferentes momentos, a verdade é que o guisado não difere assim tanto. A música, no entanto, é entregue com profissionalismo e, claro, a "mise-en-scéne" marca Blasted é a pedra de toque: os fatos, os adereços, os gestos - incluindo o triângulo desenhado com as duas mãos que levou aos fãs de Jay-Z a interpretarem o vídeo de "Run This Town" como sendo simbolicamente maçónico - tudo concorre para a aura mística que o grupo explora de forma eficaz e que o público não se cansa de aplaudir.

O espectáculo de ontem foi marcado por diversos interlúdios com títulos como Merkaba e Fogo que mediaram a viagem vasta pelo reportório do grupo (ver setlist mais abaixo). E verdade seja dita, o público não parou de saltar, nem sequer nas bancadas que ladeavam a plateia.

Para o grupo e para os fãs foi, certamente, uma vitória retumbante - exactamente o contrário do que aconteceu noutro evento supostamente místico em Alvalade, à mesma hora.


Alinhamento
Mystical Power
Destiny
Are You Ready
Grab a Song
I Believe
Sun Goes Down
Battle
Merkaba
Start to Move
Under The Sun
Blasted Empire
Panacea
Hello
Nadabrovitchka
Fogo
Naska
Voo Ícaro
Zapping
Blast Your Mind
Magic Dance
Maytsoba
Atom
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Mensagem por kicos Seg Dez 07 2009, 08:23

Super Bock em Stock: reportagem do segundo dia

Em noite de sonoridades melancólicas, Patrick Watson foi coroado rei. Beach House, o fenómeno Little Joy e os Piano Magic ajudaram a colocar um belo ponto final no festival movido a liberdade.

A segunda, e última, noite do Super Bock em Stock terminou em beleza (segundo as escolhas editoriais da BLITZ), com uma actuação memorável de Patrick Watson na sala maior do Cinema São Jorge. Contra todas as contrariedades - os problemas de som fizeram com que o músico canadiano ficasse sem amplificação várias vezes - Watson foi o grande vencedor de uma noite que teve também como pontos altos os concertos de Little Joy e Piano Magic.

A noite de correria começou no Cabaret Maxime, onde, pouco depois das 21h00, outro canadiano mostrou a sua poção mágica, cujos ingredientes são umas pitadas de hip-hop, e valentes doses de jazz e experimentações. Mocky , parceiro casual de Jamie Lidell e Feist, apresentou os seus ambientes despidos, mas cheios de força, perante uma sala bem recheada de um público aparentemente com pouca vontade de entrar na correria desenfreada a que o festival obriga.

Não havia tempo a perder e seguimos para o São Jorge, quartel-general do Super Bock em Stock, para assistir a uma actuação curta, mas contundente, d' Os Golpes , uma das novas esperanças da música nacional. Depois de prometer que não ia "tocar desafinado", o vocalista Manuel Fúria presenteou o público com o rock excitante (muito à moda dos Strokes, mas com portugalidade bem vincada) de temas como o muito celebrado "A Marcha dos Golpes", "O Silêncio" ou "Tarde Livre, Parte II" (estes dois últimos muito bem acompanhados pelo quarteto feminino de percussão Caixas Furiosas).

Cruzando pela primeira vez esta noite a Avenida da Liberdade, corremos para assistir à actuação de um dos projectos mais aguardados no Teatro Tivoli. A dupla norte-americana Beach House serviu a sua dose de pop açucarada acompanhada por um baterista e verbalizou por diversas vezes aquilo que ontem tinha revelado em entrevista à BLITZ: que Portugal é um dos seus sítios preferidos para tocar "E não dizemos isto só por dizer", assegurou o guitarrista Alex Scally. Todos os olhos estavam, no entanto, bem focados em Victoria Legrand, a senhora de voz grave, mas doce, que terá deixado muitos corações a palpitar.

Com o belíssimo álbum Teen Dream prestes a chegar às lojas, a dupla foi recebida por uma sala praticamente cheia, que não poucas vezes explodiu em aplausos (alguns deles vindos das mãos de Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti, dos Little Joy - Joaquim Albergaria, ex-Vicious Five, também por lá andou). Em perfeito silêncio, o público escutou atentemente Victoria, bebendo voz e palavras sábias de novas composições - como "Used to Be", "Norway" ou "Walk in the Park" - e temas que já fazem a história dos Beach House, como "You Came to Me" ou "Gila", este último entregue num registo entre o sussurro e o gemido. Os aplausos finais foram feitos de pé, mas alguém terá dito no final - na passadeira de peões que nos leva de volta ao São Jorge - "ao fim de algumas canções, começou a cansar-me".

Depois da actuação d'Os Golpes, a sala maior do cinema recebeu o trio britânico The Invisible , que este ano se estreou nos longa-duração. Entre momentos gingões, as guitarras pesadonas e os ambientes que muito devem aos filmes de David Lynch fizeram felizes alguns fãs, mas a grande maioria continuava na eterna procura de amigos, assentos ou desculpas para continuar em movimento. Naquele momento, a desculpa perfeita era mesmo a estreia dos Little Joy em solo nacional. E eis-nos de volta ao Tivoli.

A simpatia dos brasileiros Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti - que se conheceram no festival lisboeta Lisboa Soundz, em 2006 - e a sensualidade contida de Binki Shapiro, terceiro elemento oficial dos Little Joy , conquistaram-nos desde o início e ninguém presente naquela sala terá dito o contrário. Objecto de culto - o que se tornou óbvio para quem assistiu ao concerto - o álbum homónimo da banda serviu de pretexto para apresentar também alguns temas novos.

Amarante abriu o concerto em beleza, de guitarra a tiracolo e sozinho em palco, com a simplicidade de "Evaporar", tema cantado em português que encerra o álbum. Apesar de se ouvir bastante sotaque brasileiro na plateia, foi da boca de alguns portugueses que se ouviu o coro de uma canção que o ex-Los Hermanos quase não conseguiu terminar antes de uma valente explosão de aplausos. Ao segundo tema, já estava tudo em pé e ninguém se fazia rogado a acompanhar a boa-disposição que se sentia em palco.

Entre o Strokeiano "The Next Time Around" (Moretti é baterista dos Strokes, aquela banda que segundo um dos nossos vizinhos de plateia será anunciada no cartaz do Optimus Alive!10 na segunda-feira) e uma versão de "Procissão" (de Gilberto Gil com Os Mutantes), houve tempo para Fabrizio e Rodrigo confessarem que quando se conheceram em Lisboa estavam "bêbedos p'ra caral**, para Binki Shapiro se revelar uma versao simbiótica de Cat Power e Feist em "Unattainable" e para Moretti confessar: "Beach House explodiu a minha mente". Com uma estreia assim, não tardarão a voltar.

De volta ao São Jorge, assistimos provavelmente à actuação mais injustiçada da noite: os Piano Magic não só tocaram na sala mais pequena do cinema, como tiveram de competir com os Little Joy e o início do concerto de Patrick Watson. Em apenas duas canções, no entanto, a banda londrina conseguiu encher-nos as medidas. "The Last Engineer" colocou um maravilhoso ponto final numa actuação que momentos antes tinha assistido a perfeita comunhão de aplausos entre banda e público, durante "(Music Won't Save You From Anything but) Silence", do registo de 2002 Writers Without Homes .

Quando chegamos ao concerto de Patrick Watson já este se encontrava em acção e já a sala estava completamente lotada. Uma terra que acolhe sempre efusivamente grandes escritores de canções não poderia deixar fugir a oportunidade de acompanhar este canadiano prodigioso. Com uma voz que pouco fica a dever, em termos de limpidez, à de Jeff Buckley - e a momentos nos faz pensar num Antony Hegarty mais comedido - Watson e os seus Wooden Arms passearam-se pelas suas belíssimas composições num concerto que marcou o final da digressão europeia.

Rendidos a seus pés, ficaram todos os que ouviram "Beijing", com os seus teclados agudos e solo de bateria sob luzes epilépticas, a delicadeza de "Big Bird in a Small Cage", um completamente arrepiante "Man Like You", o coutry disfarçado de "The Storm", "The Great Escape" em completa escuridão e "Man Under the Sea", cantado no meio da plateia com a ajuda do público que não se fez rogado a responder aos pedidos de "louder" e "get cazy" de Watson.

Os problemas de som, que deixaram Watson a improvisar várias vezes com megafones, não só não prejudicaram a actuação do músico canadiano como ainda ampliaram a magia do momento. O final apoteótico foi servido com um "Shame" acapella, recheado de soul e acompanhado em coro pela banda. A noite encerraria aqui, com chave de ouro, para alguns. Para outros, a viagem continuaria no autocarro que percorria incessantemente a Avenida da Liberdade de uma ponta à outra. Para o ano haverá, com certeza, mais frenesim na rua mais concorrida de Lisboa.
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Mensagem por kicos Seg Dez 07 2009, 08:25

Super Bock em Stock: reportagem do primeiro dia

Legendary Tigerman brilha em noite de debutantes (Wave Machines, Wild Beasts) e reincidentes (Ebony Bones). Amanhã há mais!

"Hoje ainda bato em alguém". A tirada sai assim, entre o desabafo e a ameaça, e segue-se-lhe um arremessar de guitarra directamente ao soalho do palco do Tivoli. O protagonista? Legendary Tigerman, o imprevisível (mas sempre muito satisfatório) cabeça de cartaz do primeiro dia do Super Bock em Stock. Já lá vamos.

Recuemos algumas horas. No restaurante nas imediações da Avenida da Liberdade, eixo onde se cumpre este festival urbano, meia dúzia de nativos da capital festejam o golo do Vitória de Guimarães ao Porto como se fossem descendentes directos de D. Afonso Henriques. O resultado final não daria azo a tantos festejos, mas já não estávamos lá para ver.

As vicissitudes do futebol não passam despercebidas a Hayden Thorpe, vocalista principal dos britânicos Wild Beasts. Ciente dos danos criados pela selecção portuguesa à congénere inglesa nas últimas grandes competições em que ambas se encontraram, Thorpe - corpo esguio, melena sobre os olhos, voz em falsete - comenta o facto de Portugal defrontar a selecção norte-coreana no próximo Campeonato Mundial (o sorteio deu-se ao fim da tarde e Thorpe ter-se-á escusado de mencionar o Brasil para não causar depressões antecipadas).

Estamos aqui, obviamente, pela música - e a dos Wild Beasts é um pau de dois bicos. Expliquemo-nos: o quarteto inglês não é inteiramente verde nas andanças de pôr gente a dançar (algo difícil, dada a ergonomia da Sala 1 do São Jorge), vai no segundo álbum pela respeitável Domino, mas parece não ter coragem de optar por uma das duas vias da sua intervenção - uma é a do rock emocional, económico ritmicamente, baseado nos floreados vocais de Thorpe, contorcionista do falsete, homem capaz de fazer corar Jeff Buckley, devedor tanto de Nina Simone como de Antony Hegarty; a outra é a do rock também emocional, mas assente nuns anos 80 munidos a sintetizador tenso, guitarra crispante e vocalização negra (e aqui Thorpe cede o microfone a um parceiro).

Nenhuma das soluções é inteiramente satisfatória e, pela amostra, os Wild Beasts ainda precisam de algum treino para justificar a euforia da imprensa indie especializada, que neles vê uma espécie de enclave de Brooklyn em terras da Velha Albion.

A saída de emergência está mesmo ao lado e vem a calhar. Primeira impressão geral: o Super Bock em Stock é uma boa ideia, as ruas adjacentes à Avenida são percorridas em corrupio, há gente em trânsito, expectativas ambulantes e muitas dúvidas (das boas). Uma delas é: que concerto se segue? Rumamos ao Maxime onde, directamente de Liverpool, os Wave Machines devolvem a uma audiência numerosa um funk-rock mansinho, voz esganiçada (falsete 2, resto do mundo 0), qualquer coisa de Talking Heads, laivos de Prince (sem o teatro da sedução), alguma minúcia na confecção de canções que pedem actividade da omoplata para baixo.

Tudo corre bem para os quatro da terra dos Beatles, quando - num repente - o teclista começa a assumir preponderância inusitada (ao microfone) e o que era coisa para se dar um passinho de dança transforma-se em pós-rock inócuo, empastelado, mortiço, anónimo. E isto quer dizer que o trinado breve da guitarra, o baixo pulsante e a bateria estilosa se transformam numa camada densa de rock mais encorpado, pretensamente directo ao coração, espécie de sucessão de típicas últimas faixas de álbuns, aquelas que mandam os resistentes para a cama. O álbum, diga-se, é só um, chama-se Wave If You're Really There e, não pondo de parte a hipótese de o problema ser nosso, tem a consistência de um pudim acabado de fazer.

Saímos como entrámos - entre muita gente em trânsito - e atravessamos a Avenida da Liberdade rumo ao Hotel Tivoli. Não fizemos reserva, mas basta mostrar a pulseira para passar a entrada de porta circular automática. No lobby, um piano invisível debita a canção que não conseguimos dissociar do filme Casablanca , mas o "play it again, Sam" fica reservado para o restaurante-terraço do hotel. No palco, com o tecto de Lisboa como pano de fundo, Samuel Úria, médio-centro da editora FlorCaveira mostra uma segurança muito superior ao expectável.

Blaser preto apertado, restante família da Igreja Baptista de Benfica a ajudar (Ponto Negro do cabelo encaracolado-frisado-quase-a-chegar-ao-patamar-do-David-Luiz-do-Benfica-se-este-tivesse-um-chuveiro-com-demasiada-pressão incluído), Úria tem pinta, lábia e qualquer coisa mais que chega para todos. Umas vezes é Dylan eléctrico, outras é Neil Young não menos eléctrico, faz uma versão de "Something", de George Harrison, e apresenta uma canção conjugando os nomes de Adília Lopes e Rosa Lobato Faria que faria eriçar os pêlos púbicos de todos os militantes do Bloco de Esquerda. Úria quer ser redneck ianque em terra de Zé Povinhos e o anacronismo nem sempre lhe fica mal.

Do outro lado da avenida, Ebony Bones! conclui um concerto que começa meia hora depois do inicialmente previsto (terá havido um atraso no voo que a trouxe dos Estados Unidos). Como não temos o dom da ubiquidade, reporta-nos o jornalista BLITZ, Mário Rui Vieira, que a britânica e a sua banda "esquizofrénica" entraram em palco, em modo furacão. Os temas do álbum de estreia Bone of My Bones fizeram furor entre a plateia, com "We Know All About You", a abrir, a guerrilha pop de "W.A.R.R.I.O.R" e o funk contagiante de "The Musik" a destacarem-se claramente.

"Viemos de Miami só por vocês" esclareceu Bones! antes de convidar um elemento feminino do público para substituir uma das suas bailarinas (retida devido a complicações com o visto). Maria, a afoita adolescente que subiu ao palco, não desiludiu. Houve ainda tempo para uma versão de "Another Brick in the Wall" dos Pink Floyd, a dança tribal de "Bone of My Bones", os ambientes sombrios de "Im Yr Future X Wife" e, a terminar, "Don't Fart on My Heart".

Um regresso relâmpago serviu para o público, que já só enchia metade da sala, gastasse os últimos cartuchos reservados para Ebony Bones!. Foi tempo de se ouvir uma versão de "I Wanna Be Your Dog", dos Stooges.

A imagem que passa para quem só consegue apanhar os últimos 5 minutos, sem preparação prévia, é esta: Patrick Wolf e Devendra Banhart fizeram uma festa de aniversário juntos e todos os elementos dos Ebony Bones! são simultaneamente convidados e figurantes. Que é outra forma de dizer que, neste caso, e como as fotografias deixarão perceber, o visual não é pormenor de somenos.

Quem não está para fantasias é Legendary Tigerman, o senhor que se segue num lotado Tivoli, merecida figura de destaque de uma noite onde o efeito-novidade de algumas bandas não se sobrepôs a uma certa debilidade da matéria-prima (de qualquer forma, não se esperavam concertos avassaladores, antes um deambular em modo "shuffle" pelos vários palcos). Ver um concerto implica perder outro(s): os texanos Voxtrot ficam para outra ocasião; os nova-iorquinos Blacklist também.

Escusado será dizer que Tigerman tratou, desde cedo (ou tarde, já que o atraso de Ebony Bones também o fez atrasar no início da actuação), de mostrar que quem mandava ali não era outro se não ele.

Pode parecer, por vezes, sobranceria, mania de artista, acesso de vedetismo, mas Tigerman não se satisfaz com pouco. A projecção vídeo falhou na altura do dueto "virtual" com Lisa Kekaula e Furtado mandou a guitarra ao chão e ameaçou chegar com a roupa ao pêlo de terceiros. Regressou ao palco depois de um final abreviado (e sempre a abrir, em formato blues furioso, autêntica descarga de electricidade trepidante), disposto a fazer as pazes com a vida, mas insurgiu-se contra as palmas a descompasso.

Atrás deste final de óbvia consagração (não há como não adorar um "bad boy" que sabe sê-lo), uma história de excitação: começou com "Life Ain't Enough For You", Furtado em frente de palco, a sua voz sobre a de Asia Argento (presente em espírito); prosseguiu com duetos com Phoebe Kildeer, Rita Redshoes (nem sempre confortável neste papel de "femme fatale") e Cláudia Efe (efervescente como só Wendy James, dos Transvision Vamp, soube ser); desaguou em momentos de excelência pretérita, como "Honey You're Too Much", "Naked Blues" e "Route 66". Não foi o grande concerto de Tigerman que ansiamos por ver, mas foi o melhor deste primeiro dia de festival. Amén.
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Mensagem por kicos Seg Dez 07 2009, 08:26

Hercules & Love Affair e Kap Bambino no Clubbing Optimus da Casa da Música

Noite de contrastes no Clubbing Optimus de Dezembro: a dança chegou de Nova Iorque e as descargas eléctricas de França.

Foi uma noite de contrastes a do último Clubbing. Entre a música para dançar dos Hercules and Love Affair e a descarga eléctrica dos Kap Bambino vai a distância que, na Nova Iorque de outros tempos, separou o Paradise Garage do CBGB. Mas uma distância que se percorreu bem.

Sendo os Hercules & Love Affair cabeças-de-cartaz, coube-lhes a eles o horário nobre. Entraram com vontade de pôr toda a gente a dançar e foi para isso que trabalharam sempre. Foi uma missão a que dedicaram muita energia, como se o espectáculo tivesse que acontecer na plateia e não no palco. Um exercício de generosidade.

A formação mudou, como já tem sido referido. Perderam um dos ícones, Nomi, mas Kim-Ann Foxman ainda lá está a conjugar estilo com discrição (as colegas de palco puseram a sala a gritar "sexy" quando a apresentaram). Entre os elementos novos, Mark, Shaun e Daniella, destaque para última, que em muito ajudou na comunicação com a assistência por falar português - e sim, o esbatimento de fronteiras entre masculino e feminino continua a fazer parte dos predicados.

O alinhamento foi percorrido como se de uma sessão de DJing se tratasse, sem interrupções entre os temas. Há ali uma parte importante da história da música de dança, assim como uma boa noção de entretenimento. Não foi, portanto, uma lição de história, mas a história a servir de lição para uma festa muito actual. A imagem de Andy Butler dizia bastante: sweatshirt austera dos Meat Beat Manifesto e um boné de brilhantes a juntar disco-sound e house music.

O tema "Blind" foi, como seria de esperar, o momento alto do concerto, numa sequência final que também incluiu o novo "I Can't Wait" e, para acabar, "You Belong". O início do concerto fez-se com "True/False, Fake, Real" e entre temas já conhecidos (como "Classique #2" ou "Athene") foram sendo introduzidas as novidades, geralmente bem recebidas pelo público. O álbum novo está para breve.

Os franceses Kap Bambino foram outra coisa. Notou-se a ansiedade do público a entrar na sala e a partir daí foi um crescendo de energia. Uma energia diferente dos anteriores ocupantes do palco, diga-se. Para brincar com uma frase antiga, diga-se que os Kap Bambino metem os Kraftwerk, o realizador George A. Romero e o boneco do Pacman num elevador encravado.

A resistência das lajes da Casa da Música foi bem testada pelos saltos da assistência, as entradas em palco foram mais do que muitas, o excesso de zelo dos seguranças fez-se sentir e os ânimos apontaram para o que os Sonic Youth em tempos chamaram "teenage riot".

Caroline Martial foi imparável, percorrendo e trepando o que houvesse em palco, instigando o público o mais que pudesse. Às tantas subiu para os ombros de um funcionário da Casa da Música, numa muito apropriada pose de "deusa ex machina".

Acabou tudo bem, como não podia deixar de ser. Foi só rock'n'roll e toda a gente parece ter gostado.
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Mensagem por kicos Qui Dez 10 2009, 14:54

Metallica em Portugal em 2010

Banda norte-americana traz a Lisboa palco de 360 graus. Bilhetes a 12 de Dezembro. Veja aqui as imagens das últimas três passagens por solo nacional.
Os Metallica actuam em Portugal em 2010.

O concerto está marcado para 18 de Maio, no Pavilhão Atlântico , em Lisboa.

De acordo com a informação divulgada pela própria banda, e mais tarde corroborada pela promotora Everything Is New, os bilhetes estarão à venda no próximo Sábado, 12 de Dezembro.

Eis o preço das entradas: 35 euros para o Balcão 2, 42 euros para a Plateia em Pé e 50 euros para o Balcão 1.

Ainda de acordo com a Everything Is New, os Metallica trazem até ao nosso país um palco de "360 graus", que irá ficar situado no centro da arena.

O regresso dos Metallica a Portugal, que este ano actuaram no Optimus Alive!09 , integra-se na digressão de 2010 da banda, que na próxima Primavera passará pela Europa.

Death Magnetic , de 2008, é o mais recente disco dos Metallica, presença habitual em Portugal nos últimos anos: em 2008 tocaram no Rock In Rio Lisboa e em 2007 no Super Bock Super Rock. Veja abaixo as melhores imagens das três últimas actuações dos Metallica em solo nacional.
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Mensagem por kicos Qui Dez 10 2009, 14:55

Nirvana fizeram obra-prima do grunge, dizem leitores da BLITZ

Nevermind recolheu mais de 50% dos votos da última sondagem BLITZ. Participe na nova sondagem e diga-nos: qual o melhor concerto do final de 2009?
Nevermind , o segundo álbum dos Nirvana , é a obra-prima do grunge. Este é o resultado da última sondagem BLITZ, na qual mais de 1100 leitores participaram, dando a vitória à banda de Kurt Cobain.

O disco de 1991 recolheu 53% dos votos, seguido por Ten , dos Pearl Jam , com 28%.

Em terceiro lugar ficaram os Alice In Chains , com Dirt (8%), distribuindo-se os restantes votos por Superunknown , dos Soundgarden (3%); Purple dos Stone Temple Pilots (1%) e Live Through This , das Hole (1%).

5% dos participantes da sondagem escolheram a opção "outro".
Blitz news Nirvana-26ae
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Mensagem por Convidad Qui Dez 10 2009, 14:59

Grandes albuns, gosto muito do Ten, do Dirt e do Purple... O Superunknown também é fixe... Eu não sou grande fan de Nirvana, tudo bem que ganhe, foi um grande albúm, mas alguns destes albuns podiam ter mais votos, n acham?
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Mensagem por kicos Qui Dez 10 2009, 15:02

Conheço o ten. Dos outros só conheço músicas separadas...
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Mensagem por kicos Seg Dez 14 2009, 07:45

48 concertos que marcaram 2009

http://blitz.aeiou.pt/?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/55144
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Mensagem por jota jota Seg Dez 14 2009, 12:00




<table style="padding: 4px;" align="" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td>Blitz news Frusciante-83d7
</td></tr></table>

John Frusciante sai dos Red Hot Chili Peppers

Bandajá terá substituído o guitarrista, que perdeu o interesse em pertencer
a uma grande banda rock, diz fonte próxima da banda.


John Frusciante saiu dos Red Hot Chili Peppers.
A notícia é dada pelo site Music Radar, que cita uma fonte próxima da banda, não identificada.
De acordo com esta publicação, os Red Hot Chili Peppers já estão a trabalhar com um novo guitarrista, Josh Klinghoffer.

"Mentalmente ele já saiu há muito tempo. Ele quer é trabalhar nas suas
coisas, nos seus álbuns. Aquela maquinaria toda de uma grande banda
rock já não lhe diz nada", diz a fonte anónima.

O mesmo site garante que, no início do ano, John Frusciante deu uma entrevista em que se
recusou a ser apresentado como guitarrista dos Red Hot Chili Peppers
e teve uma "branca" de meio minuto quando questionado sobre os planos da banda, antes de responder apenas: "Não há planos".

Também o baterista Chad Smith já se terá esquivado a responder a perguntas sobre John Frusciante. Esta não é a primeira vez que John Frusciante se afasta da banda: em 1992, na ressaca do sucesso Blood Sugar Sex Magik, o guitarrista abandonou o grupo de Antony Kiedis e companhia, regressando em 1999 para o álbum Californication, substituindo o dispensado Dave Navarro.

Fora dos Red Hot Chili Peppers, John Frusciante tem uma experimental carreira a solo cujo décimo álbum, The Empyrean, foi editado em Janeiro deste ano.

Depois de um prolongado hiato, a banda de Los Angeles voltou recentemente a trabalhar junta, tendo Chad Smith afirmado que o sucessor de Stadium Arcadium deverá sair em 2010.
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Mensagem por kicos Ter Dez 22 2009, 05:31

QUEM BRILHA NA CAPA DA BLITZ #43?


BLITZ de Janeiro chega às bancas a 29 de Dezembro. Eis o desafio: quem está na capa da revista?
A BLITZ de Janeiro chega às bancas no próximo dia 29 de Dezembro (excepcionalmente a uma terça-feira, e não a uma sexta-feira como vem sendo habitual).

A última edição de 2009 traz, como habitualmente, as listas dos melhores álbuns do ano, conforme eleitos pela redacção e pelos colaboradores da BLITZ.

E eis que chega a altura de colocarmos novamente à prova a perspicácia dos nossos leitores, perguntando-lhes: quem brilha na capa da BLITZ #43?



Blitz news Blitz43-d476
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Mensagem por jota jota Ter Dez 22 2009, 06:31




<table style="padding: 4px;" align="" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td>Blitz news Hotclube4-9ef9
</td></tr></table>

Ardeu prédio do Hot Clube de Portugal, em Lisboa

Fogo deixou em mau estado edifício um dos mais antigos clubes de jazz do mundo.


Numa madrugada marcada pela intempérie de norte a sul, um incêndio
atingiu, cerca das três da manhã desta terça-feira, o edifício do Hot Clube de Portugal
, em Lisboa.



De acordo com notícia do Público, que cita o presidente da Junta de
Freguesia de São José, o edifício ficou sem condições para voltar a
albergar aquele que, aos 60 anos de actividade, é um dos mais antigos clubes de jazz do mundo
.



De acordo com testemunhas, o fogo, que não fez qualquer vítima, começou "na cobertura do edifício".



Ainda segundo o Público, à excepção dos espaços do Hot Clube (clube de
jazz, restaurante e tertúlia, todos no rés-do-chão e na cave), o prédio
encontrava-se devoluto nos andares superiores
; há suspeitas de que o incêndio possa ter começado quando sem-abrigo entraram no prédio pelas traseiras.
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