(R)evolução no Rig!

Boas pessoal. Toco em banda à uns 6 anos e nos últimos 5 anos tenho-me feito acompanhar de uma Marshall Vintage Modern, de uma coluna Blackstar HTV 412 e de pedais a gosto.

O amp basicamente é um single chanel com High e Low Mode. Apesar de ser possivel alternar entre ambos a diferença de volume é tão diferente que a solução mais prática tem sido utilizar apenas o Low mode e um overdrive à frente do amp para obter som distorcido. A questão é que definitivamente o som da distorção de pedal não se compara ao do amp.

Assim comecei a pensar que talvez com um combo a válvulas e de vários canais  conseguisse um som no geral mais equilibrado e com mais qualidade. A solução que me veio à cabeça foi o Blackstar HT Stage 60: bem mais fácil de transportar, tem 3 canais sendo 1 som limpo e os outros 2 som distorcido. Pelo que percebi os canais de distorção partilham a Eq. e só se ajusta o Gain e o volume o que é o suficiente para utilizar um como base e outro como solo.

Quanto aos pedais que estou a usar também terão que levar uma volta. Mas falaremos disso mais tarde.

O objectivo deste tópico é ir trocando ideias de modo a que esta mudança chegue a bom porto. Neste momento estou a escrever no telemóvel, mas assim que chegar a casa explico quais e de que forma estou a utilizar os meus pedais e coloco fotos.

Agradeço qualquer comentário. Abraço

Eu com esse amplificador, em vez de o trocar ia buscar antes um bom pedal, tipo um Black Star HT Dual

https://www.blackstaramps.com/products/ht-dual

Não é um pedal barato, mas é um pedal com um som do \"trabalho\". e tem dois canais. com equalização partilhada e com gain e volume separados.

Deve ser um pedal semelhante em termos de som aos canais de overdrive BlackStar HT stage 60

Tens muitas alternativas no mercado,mas como sabes muito bem,convinha que experimentasses tudo e mais alguma coisa a ver se encontras o que procuras.Assim de repente lembrei-me dos Engl que primam por ter um som limpo impressionante  e não desliludem nos drives,mas é uma questão de gosto pessoal.

Ter o melhor dos dois mundos (portabilidade e personalidade) nem sempre é fácil;depende muito do teu orçamento e acima de tudo do som que queres tirar.O Stage 60 é um caso muito sério a considerar,porque mesmo que deixes de usar um half stack não perdes o headroom dadas as características do Blackstar.Vê lá se compensa no geral e fala com o Luís Tiago primeiro...  

Usa o amp distorcido, com um som de ritmo que gostes. Quando quiseres solar ligas o overdrive, e quando quiseres som limpo, baixas o volume na guitarra. Esse amp deve limpar muito bem o som com o volume. Se quiseres algo mais prático, compra um pedal de volume e coloca entre a guitarra e o amp. Usa-o full on quando quiseres distorção, e baixa o volume no pedal quando quiseres som limpo. Vai funcionar como o pot de volume da guitarra, mas este podes usar com o pé, o que facilita. Um bom exemplo disto é o Adam Jones. Usa um Marshall e um Diezel sempre distorcidos, e controla o volume da guitarra (agora acho que usa um pedal de volume) para ter som limpo, e tem um som do C*****o.
Lá por ser um amp de um canal, não quer dizer que não possas fazer muita coisa com ele. Se gostas do som, tenta tirar o melhor rendimento possível em vez de trocares

Boas pessoal!

Em primeiro lugar obrigado pelas respostas!

Eu não me expliquei bem sobre o som que quero obter, o que é imperdoável visto que é o aspecto mais importante a ter em conta. Eu em banda toco uma série de coisas, tanto podemos tocar Nirvana como podemos tocar ZZ Top, tanto podemos tocar Metallica como podemos tocar Aerosmith, enfim dentro do Rock tentamos ser o mais abrangentes possíveis. No entanto eu sou da opinião que uma banda de covers não tem que ter o som exactamente igual ao original (a não ser que seja uma banda de tributo...).

Se eu definisse o som que eu quero obter, eu diria que a distorção se localizaria no final dos anos 70 e o clean nos anos 80. Isto é, em termos de sons distorcidos eu gosto daquela distorção típica das bandas de Rock Clássico, uma distorção crua, não muito pesada, com um som algo aberto, tipo AC/DC. Quanto ao clean a história já é diferente, eu gosto de um clean absolutamente limpo , mellow, algo processado, gosto principalmente de clean com Chorus e Reverb...

Como vêem são dois mundos distintos pelo que não é possível simplesmente baixar o volume da guitarra e dessa forma obter aquele som limpo mas ligeiramente sujo, que embora eu até goste, não é aquilo que estou à procura.

Quanto ao amp, eu falo no Blackstar mas estou completamente aberto a qualquer possibilidade. Por exemplo outra possibilidade que eu não descarto, é arranjar uma coluna 2x12 e como o PedroGRock disse arranjar um bom pedal de distorção.

Já agora, o orçamento para esta alteração é 1000 euros. E eu não estou a pensar vender o Marshall porque embora o dinheiro dessa jeito, eu ia-me arrepender, por isso prefiro mantê-lo por perto para de vez em quando matar saudades, e aí sim, tal como diz o MaDj é amp distorcido e o volume da guitarra a limpar.

http://www.thomann.de/pt/fender_bassbreaker_15_head.htm

Isso e um pedal tipo Marshall in a box (Carl Martin plexitone, hao rust driver, há um wampler muito bom também, não me lembro do modelo, etc).
Ficas com um clean muito clean, á la fender, e uma distorção á la Marshall. O melhor dos dois mundos. E ainda te sobra muito orçamento para um chorus, reverb, etc. caso não tenhas já.
Ainda não experimentei essa série da Fender, nem sei se já chegaram a Portugal, mas cheira-me que vão ser o "working class hero" para a malta que precise de uma boa base para pedais, sem gastar muito dinheiro.

Ricardo...dá uma vista de olhos aos Tubemeisters...(nunca se sabe!)

@MaDJ sinceramente aquilo que procuro é mesmo simplicidade. Um coisa que tenho aprendido é quanto mais simples melhor, por isso gostava mesmo de evitar o caminho da distorção por pedal. Pronto mas isto é a minha opinião neste momento baseada na minha experiência, não significa que de hoje para amanhã mude de opinião. Eu o pedal de distorção que estou a utilizar neste momento é um clone de um Catalinbread Dirty Little Secret, que supostamente é uma simulação de um Plexi ou de um JCM800 (dependendo do modo que utilize) e a verdade é que não é a mesma coisa. Em termos de som é fixe, mas falta-lhe ali qualquer coisa quando comparando com a distorção do amp, uma coisa que eu noto que a distorção do amp tem e que a de pedal (que estou a usar) não tem é headroom, quando uso a distorção do amp noto o ar a mexer e o corpo a vibrar, com a de pedal isso já não acontece.

@Slider só experimentando, mas só com 1 speaker talvez perca muito headroom, ou não?

Falando dos pedais, neste momento está assim:



O Wah é para sair, visto que não o utilizo praticamente nada e só ocupa espaço. Explicando rapidamente o meu som actualmente. O som entra no PolyTune, passa(va) para o Wah, depois entra no Looper e vai directo para o amplificador. Depois no Looper (muito bem feito por um amigo meu entendido na matéria ) tenho no primeiro loop os pedais que utilizo para clean (Comp»Phaser(também não uso assim muito, talvez saia)»Chorus»Reverb), no Loop 2 uso só o tal pedal de distorção, no Loop 3 tenho o EHX LPB-1 que uso como boost, no Loop 4 utilizo o Equalizador a fazer boost de médios e a dar um bocado de gain mais o delay, este loop é utilizado para som de solo. Apesar da numeração que eu enunciei, na linha de som está: Loop 3»Loop 2»Loop 1»Loop 4, isto porque o looper tem a opção de ordernar os loops conforme queremos. Para ter som limpo, uso só o Loop 1, para som ritmo base o 2, para som de Lead (fazer riffs e cenas do género) o Loop 2 + 3, e para som de solo o Loop 2 + 4. Pronto e é isto, apesar de parecer complicado, é bem simples pois praticamente só mexo em 4 switches.

A questão é que o som não é a tal coisa que deveria de ser, funciona mas não me enche a alma, por isso estou a pensar juntamente com um qualquer amp de 3 canais, utilizar apenas o LPB-1 (o meu fiel companheiro destas lides) antes do amp, para encher em riffs; o afinador (como é claro); e vender os restantes pedais e arranjar um processador de efeitos para usar no FX Loop, depois arranjava (ou mandava fazer ao tal meu amigo que também é companheiro de banda) um controlador de MIDI que da mesma forma também me controlasse os canais do amp, creio que ele já anda a engendrar qualquer coisa dentro dessa onda.

Imagino que estejam neste momento a pensar: "Então mas ele quer simplificar e agora vem-me falar em processadores de efeitos e controladores MIDI?!", realmente teoricamente é mais fácil mexer só em pedais, mas em termos de arrumação e de hipóteses que tenho com um processador de efeitos, nem se compara.

Sem ter grande conhecimento na matéria segue o concelho do Slider e vê os Hughes&Kettner. Se estás a pensar em controladores MIDI vê em especial o Grandmeister 36. É uma nota preta mas dá para fazeres o que queres do amp.

O Grandmeister sai um bocado do orçamento, e é só cabeça, eu tinha preferência por combo, para ver se encolhia um bocado mais o material e poupava também um bocado mais as costas.

Lembrei-me de outro que apesar de pequeno,bate-se como gente grande : Egnater Rebel 30! Não é própriamente muito barato,mas é extremamente versátil e mesmo no formato de combo 1X12" aquilo faz muita ventania e com dupla personalidade...

Dá um salto ao MrJAck a ver o que por lá anda...!

Também já me tinham ocorrido os egnater!!

Ocorrem-me duas sugestões muito relevantes (preços à parte) e que iriam resolver os teus problemas,mas fica ao teu critério a respectiva avaliação e testes:

Laney VC30 212  e Fender Blues DeVille 4X10

Devem ser dos amplificadores mais...user-friendly que tenho experimentado nos últimos tempos.Tanto um como outro prestam-se a excelentes cleans,embora não sejam própriamente "portáteis".Em termos de drive não desiludem,mas nada como experimentar quando possível.

Uma 3ª sugestão um pouco onerosa,mas fica a dica : Soldano...

Fixe! Parece que em termos de amps já tenho muito por onde experimentar.

Quanto aos pedais, ficaria melhor servido com um processador de efeitos ou com pedais individuais?

Dadas as tuas escolhas pessoais,diria que um pouco dos dois mundos talvez resultasse bem.Em termos de pedais individuais não estás mal servido,e com o looper ainda melhor por teres a possibilidade de teres instantâneamente um set de acordo com as necessidades imediatas.

Sempre podes experimentar algumas unidades de rack como por exemplo compressors/expanders,delays,reverbs e afins;costumam custar um bocado mas algumas unidades dão-te uma dimensão de trabalho muito para além do que os pedais te oferecem,mas vai com calma e reavalia as tuas necessidades reais e algum superfluo extra de que venhas a precisar.Não vale a pena coleccionar carradas de efeitos de que não tenhas necessidades imediatas,senão acabas com uma pedalboard e racks de fazer inveja ao David Gilmour...

Lembras-te de que eu falava quando referia "aquele som"...? é a combinação de diversos efeitos,factores,gear,etc ,etc que definem exactamente o que queremos e gostamos.Não é fácil de obter,e por vezes leva anos a apurar até chegarmos aquele ponto em tudo o que temos,e armado à nossa maneira produz o tal som que nos agrade e sirva de acordo com as necessidades.

Fala com o Z3D,que ele tem muitas alternativas e soluções...

Não há simplesmente uma resposta para essa pergunta. Depende de muitos factores desde que pedais/processadores estamos a falar a gosto pessoal de cada um.

Tens de pensar no que procuras e as possibilidades que tens à disposição.

Eu no fundo já sei mais ao menos como é "aquele som" e com o amp que tenho até consigo chegar até ele. O problema é que não consigo ter "aquele som" em distorção e "aquele som" em clean. Entretanto recordei-me que um amigo meu tem uma G Major 2 da TC Electronic, e em principio amanhã vou experimentá-la, pois consigo criar patches misturando os efeitos da G Major com os canais do amp, por isso talvez consiga nivelar bem o volume de distorção com o volume de clean através da G Major, e ainda dar um toque caso seja necessário.

Para já parece-me ser uma opção financeiramente acessível e que talvez consiga aproveitando o (bom amp) que tenho chegar ao resultado final que pretendo. Quanto à situação da poupança de espaço, é só trocar a 4x12 por uma 2x12.

É uma excelente aposta a G Major!

Vai-te permitir criar diversos presets de acordo com o que queres e quando quiseres.Vais ter algum trabalho mas no final vai compensar!Quanto ao formato 2X12",se escolheres altifalantes à altura da Marshall,está ganho!

Se quiseres experimentar um Line 6 DT 25 combo, que berra bem alto e se dá bem com pedais, vem beber uma bejeca a Lisboa