(Análise) Mayones Queilux
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(Análise) Mayones Queilux
Como prometido, segue então o processo de composição desta música.
Ideias e processo criativo
Quando criamos algo, não interessa apenas decidirmos o que vamos fazer. Neste caso, comecei precisamente por fixar uma ideia base do que eu NÃO queria fazer: tocar acordes emcima da 2ª metade. Porquê? Porque eles já lá estão e isso iria engrossar demasiado o som e criar confusão sonora a nível da mistura.
Em seguida pensei, "quero ter algo na 1ª parte que vá ligar a esta segunda parte". Solução: Criar uma melodia/riff com base nos acordes da segunda parte mas SEM que esses acordes estejam claramente presentes. Resultado: O riff de baixo saltitão cheio de síncope que surge logo após a intro.
A fase seguinte foi criar a intro. Apenas pensei "algo que tenha como fundamento as duas últimas notas do riff de baixo (D e Eb) mas que tenha outra tónica de base". Solução: A tónica da intro é D, o que torna essas duas últimas notas numa tónica (4ª do riff seguinte) e numa 2b (5ª diminuta do riff seguinte), o que proporciona aquele clima meio misterioso do início.
Com estas duas primeiras partes tão contrastantes (intro arrastada - riff de baixo saltitão), decidi então criar mais uma parte diferente para proporcionar ao ouvinte a sensação de "se a música até agora já mudou 3 vezes, deve continuar a mudar daqui para a frente". Após o estabelecimento desta expectativa para o ouvinte, quebrei-a através de uma segunda parte bastante uniforme em que só no final temos o tal riff de baixo saltitão para nos relembrar que ainda estamos na mesma música e para dar uma sensação de "voltar a casa".
Na 2ª parte, como os acordes já lá estavam e eu achei que seria entediante estar 2 minutos a tocar sobre os mesmos dois acordes, utilizei o baixo para definir novos acordes aproveitando as notas que já la estavam. Temos por isso o Cmaj e o Ebmaj mas temos também o Amin7 e o Cmin7 para apimentar a coisa até à tensão final que criei através do baixo em E e em Eb até explodir no tal riff saltitão de baixo que já conhecíamos.
Como eu não podia alterar a bateria da base, acrescentei sons com transiente bem definido e editei-os de forma a que o exacto momento do impacto fica-se alinhado com as partes que eu iria acentuar na bateria caso a pudesse alterar, dando então um enfâse e uma potência sonora a certas transições.
E é isto. Espero que não tenha sido muito maçudo com teorias e pensamentos.
Estejam à vontade para colocar questões.
Ideias e processo criativo
Quando criamos algo, não interessa apenas decidirmos o que vamos fazer. Neste caso, comecei precisamente por fixar uma ideia base do que eu NÃO queria fazer: tocar acordes emcima da 2ª metade. Porquê? Porque eles já lá estão e isso iria engrossar demasiado o som e criar confusão sonora a nível da mistura.
Em seguida pensei, "quero ter algo na 1ª parte que vá ligar a esta segunda parte". Solução: Criar uma melodia/riff com base nos acordes da segunda parte mas SEM que esses acordes estejam claramente presentes. Resultado: O riff de baixo saltitão cheio de síncope que surge logo após a intro.
A fase seguinte foi criar a intro. Apenas pensei "algo que tenha como fundamento as duas últimas notas do riff de baixo (D e Eb) mas que tenha outra tónica de base". Solução: A tónica da intro é D, o que torna essas duas últimas notas numa tónica (4ª do riff seguinte) e numa 2b (5ª diminuta do riff seguinte), o que proporciona aquele clima meio misterioso do início.
Com estas duas primeiras partes tão contrastantes (intro arrastada - riff de baixo saltitão), decidi então criar mais uma parte diferente para proporcionar ao ouvinte a sensação de "se a música até agora já mudou 3 vezes, deve continuar a mudar daqui para a frente". Após o estabelecimento desta expectativa para o ouvinte, quebrei-a através de uma segunda parte bastante uniforme em que só no final temos o tal riff de baixo saltitão para nos relembrar que ainda estamos na mesma música e para dar uma sensação de "voltar a casa".
Na 2ª parte, como os acordes já lá estavam e eu achei que seria entediante estar 2 minutos a tocar sobre os mesmos dois acordes, utilizei o baixo para definir novos acordes aproveitando as notas que já la estavam. Temos por isso o Cmaj e o Ebmaj mas temos também o Amin7 e o Cmin7 para apimentar a coisa até à tensão final que criei através do baixo em E e em Eb até explodir no tal riff saltitão de baixo que já conhecíamos.
Como eu não podia alterar a bateria da base, acrescentei sons com transiente bem definido e editei-os de forma a que o exacto momento do impacto fica-se alinhado com as partes que eu iria acentuar na bateria caso a pudesse alterar, dando então um enfâse e uma potência sonora a certas transições.
E é isto. Espero que não tenha sido muito maçudo com teorias e pensamentos.
Estejam à vontade para colocar questões.
kouros- Guitar GOD
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