Lyle Hummingbird 12 cordas

Conforme prometido no meu tópico de apresentação, seguem abaixo fotos da minha guitarra actual, uma Lyle W-470 de 12 cordas. O logotipo Lyle ainda se nota na cabeça da guitarra, mas o rótulo do interior da caixa já não existe, por isso não consigo precisar o ano em que foi feita. Sei que será algures entre 1965 e 1972, anos em que elas foram fabricadas em Matsumoku. Reza a história que estas guitarras eram feitas com excelentes madeiras e seguindo à risca todas as especificações das Gibson, sendo que muitos guitarristas as consideram exactamente no mesmo nível de qualidade e acabamentos. Ao que parece os japoneses pararam de as fabricar depois de serem processados, como tal são guitarras raras e com alguma procura. Que eu tenha conhecimento, não existe mais nenhuma em Portugal, pelo menos na versão de 12 cordas. Neste momento não tenho mais nenhuma guitarra, estou focado em dedicar-me a aperfeiçoar a minha técnica a tocá-la, pois é mais difícil de tocar que uma de 6 cordas, principalmente no dedilhar e nos solos com palheta. Tem um som incrível.

wow!! a dobrar tem muito mais pinta...
parabens pela guitarra! linda!

^ Absolutamente de acordo!!!

Grande guitarra, gostava de a ouvir!!!

Amanhã irei fazer um pequeno vídeo com alguns acordes. A minha máquina é fraquinha, mas acho que dá para ficarem com uma ideia do som.

Estive a ver o teu canal do Youtube, gostei das musicas. O teu vídeo "Hera" faz-me lembrar Jai Uttal, não sei se conheces.

Venha lá esse video!!!!!

Obrigado Migueltreze!!!

Por acaso desconhecia completamente Jai Uttal, já vi que tenho de ouvir com atenção o trabalho desse senhor!!!

Ele tem um trabalho diversificado, mas centra-se principalmente em música dita "esotérica" ou meditativa, kirtans e mantras. Tem coisas muito engraçadas, porque mistura o cântico de frases indianas milenares com instrumentos modernos. Embora também seja gajo para tocar cítara e outros instrumentos mais rudimentares.

Já tinha ouvido algumas Lyle,mas já há largos anos;eram guitarras muito bem construídas e mesmo naqueles anos não eram própriamente muito baratas.Cantam bem e um pormenor curioso que me salta à vista é a peça de ancoragem das cordas;tive uma guitarra de 12 cordas sensívelmente da mesma época (DiGiorgio) que tinha uma peça dessas exactamente igual!

Dentro das gamas mais acessíveis,já não se fazem guitarras desse gabarito! Estima-a!

Essa peça foi difícil de arranjar. A guitarra trazia a peça original, mas a parte por onde passam as cordas estava partida e foi impossível de soldar. Lá consegui encontrar no Ebay mas ainda esperei 3 semanas para que ela me chegasse às mãos.

Bem gostosa a biola

Até aos finais dos anos 90 ainda se encontravam algumas boas guitarras semelhantes a esta por bom preço,e valia a pena o investimento.Mais tarde no advento das actuais crises globais e com a história de preservação de algumas espécies de madeira,começaram a aparecer guitarras feitas com tudo o que fosse barato (contraplacados diversos,polpa de madeira prensada,compósitos diversos,etc...)

Em termos de valor monetário,não são nada por aí além,mas em termos de qualidade são guitarras que vale muito a pena conservar e guardar...( destas já não há mais!!!)

Segue então um pequeno vídeo para terem uma ideia do som. Infelizmente, é mesmo uma ideia porque a gravação da minha máquina fotográfica em termos de vídeo é muito fraca. As minhas desculpas pelas imperfeições da malha, mas os dedos estavam preguiçosos àquela hora da manhã

Canta bem,sim senhor! 

Isso é porreiro para dar um som oriental às coisas, especialmente com a ligeira desafinação causada quando se faz um bend.

Experimenta afinar em drop D (passar os Mi Grave para Ré) e vais ter aí horas de meditação.

Deixa-te de desculpas Miguel! Foi muito bom!

... tenho de experimentar um bicho desses!
E já agora, começa a colocar vídeos aqui no fórum, o som e o vídeo não esteve nada mal ...

@Kouros: Não tenho hábito de fazer outras afinações, mas vou experimentar. Para já apenas "desafino" muito ligeiramente uma das cordas do Mi e Si agudos, para ter um cheirinho de chorus nos solos. Os bends são meio difíceis devido à tensão das cordas, mas com calma vai-se lá.

@maseumaseu: Experimenta, que vais gostar de certeza.

Passares os Mi graves para Ré faz com que fiques com um acorde de Ré aberto que podes transpôr fazendo barra com o indicador. Mas a sugestão é mais para poderes usar as 3 cordas mais graves (neste caso passam a ser Ré Lá Ré) como "drone" e usas as outras 3 mais agudas para javardar e entrar em transe melódico.

Quando fazes um bend nem que seja ligeiro, uma das cordas vai dar uma nota mais aguda que a outra, por isso é que dá um chorus automático ao bend.

Índica Passagem

Podes ouvir aqui uma música que no início, lá pró fim (e talvez durante) tem muito desse ligeiro efeito (e uma das guitarras tem o Mi grave em Ré). A ideia dos solos lá para o fim era imitar uma cítara e uma guitarra normal (6 cordas) a fazer um duelo (duelo de culturas já que isto retrata a chegada dos portugueses à Índia).. mas como não havia cítara deram-me para as mãos uma Guild de 12 cordas que custava pouco mais de 500 contos

Guitarra lindíssima! Mal possa, vou ouvir! Parabéns!

Linda!

Parabéns!

E o sonzinho, o sonzinho

Obrigado!

@Kouros: fiz noutro dia (noutra guitarra) uma afinação em Mi aberto (penso que se designa assim) para experimentar uns licks de blues com slide, mas não atinei bem. Claro que seria preciso prática para que a coisa saísse mais ou menos decente, mas a estava a dar-me muito trabalho e perdi a paciência. O facto de estar a fazer o slide com um bocado de vidro manhoso se calhar também ajudou.

Neste Pc não consigo ver o link que mandaste, mais logo já dou uma vista de olhos, estou curioso para ouvir essa Guild.

É fácil e até alivía um pouco a tensão no braço (em vez de aumentar caso metesses em Mi aberto).

Basta passares os dois E da corda grave um tom para trás, o D.



É pena não se poder dar uma vista de olhos na guitarra... a memória que tenho era de uma guitarra bem "à pimp".. toda branca, dourada e brilhante... e pesada.

Gostei da afinação em D aberto. Ainda estive uns bons 20 minutos a fazer uns solos corridos bem fixes, só me atrapalhava um pouco quando tentava fazer acordes

Tenho que aprofundar mais esta coisa das afinações alternativas.