Pedalboard para electroacústicos

Lentamente as coisas vão evoluindo;hoje decidi pôr mãos à obra e tratar da minha pedalboard mais pequena.Vai servir para os electroacústicos que por cá andam,e está ainda em fase de testes.




Decidi pois usar um TU-3 que tinha por aqui (dá mais jeito que usar alguns afinadores onboard),seguido de um chorus muito razoável,e finalmente o segundo Hall Of FAme da TC Electronics que recomendo vivamente!

O Alimentador é um típico Roland/Boss que chega e sobra para estes três tipos,sendo que o TU-3 recebe e distribui corrente aos outros dois.Como não tenho nenhuma daisy-chain para três pedais,usei dois cabos PowerChain,e só fica a faltar dois jacks de link em cabo decente (Percom),e fixar os cabos com a famosa gaffer tape!

Claro que se tiver de ligar a uma qualquer mesa de mistura,usarei uma D.I. box passiva com atenuação e ground-lift,não vá o diabo tecê-las.Para ligar a combos para electroacústicos,vai directo em linha e tá feito.

Brevemente actualizo este e o outro thread da Pedalboard 2.

less is more  boa combinação

Para já funcionam sem problemas de maior,mas vou trocar os links entre pedais por outros feitos por mim (não que os que vieram com a pedalboard não sejam razoáveis,mas confio muito pouco em jacks e links de qualidade duvidosa...!).Só incluí o TU-3 por uma simples questão de comodidade,já que é mais fácil clicar lá em baixo e afinar do que usar os afinadores onboard dos preamps diversos.Além disso recebe e distribui corrente aos outros,logo sem tem uma utilidade acrescida.

Como disse no primeiro post,o uso de uma D.I. box (passiva ou activa) é sempre um must que nos tira de chatices quando menos esperamos... 

@Slider56

Fazes bem em trocar os cabos de patch que vêm com essa pedalboard, e rapidamente. Tenho uma igual, que comprei há uns 2 anos e os cabos de patch que vinham com ela ao fim de poucos dias já estavam todos marados. Era ruídos e falhas no som por todos os lados   .

P.S. Se pudesses fazer o favor de explicar a um nabo os benefícios da tal D.I. box (passiva e actica) e do tal Ground Lift agradecia imenso  

já agora também aproveito a explicação

Bom...vamos lá fazer "Revisões da matéria dada!"   

básicamente uma D.I. box ( direct injection box) é um transformador de impedâncias.Na maioria dos casos,transformam a alta impedância das guitarras (Line) em baixa impedância (micro),o que torna possível ligar as guitarras "directamente" às entradas de microfone das mesas de mistura.Existem outro tipo de D.I.'s que fazem o contrário (de baixa para alta),outras são isoladores diversos,mas o que interessa aqui sãos as básicas.

Por vezes há quem ligue as guitarras directamente às entradas de linha (Line In),e se tiverem sorte as coisas funcionam sem problemas,mas não tendo nada a não ser o jack pelo meio,estão sujeitos a ruídos e outros fenómenos,como interferências diversas (crosstalk) que lixam o som.Ao usar uma D.I.,converte-se a alta impedância em baixa,liga-se à mesa através de um cabo de micro (XLR),e se houver algum ruído induzido pelos pickups ou por outro motivo qualquer (efeitos,etc),temos sempre a opção de levantar a terra na própria D.I. (Ground Lift),o que ajuda a minimizar os estragos.Convém que desde a guitarra,passando pelos cabos e efeitos (incluindo a alimentação dos mesmos),se tenha o cuidado de usar bons materiais,mas à partida tudo pode acontecer...o som é tudo menos linear ou homogéneo...!

As D.I.'s mais completas também têm atenuadores para controlar o excesso de sinal de alguns pickups,como por exemplo os activos e os passivos de alto ganho;outra particularidade será a inversão de fase,mas aqui já estamos a falar de D.I.'s mais avançadas e caras!!!

As mais económicas são passivas e consistem numa caixa blindada,onde se aloja um transformador de impedâncias e alguns componentes electrónicos acessórios.Funcionam sem problemas,sendo algumas mais simples que outras.
Nas activas,existem dois modelos:as que suportam uma alimentação portátil (normalmente uma ou duas pilhas de 9 volts),e algumas mais avançadas que simplesmente não aceitam pilhas.Todas as D.I.'s activas podem e devem ser sempre que possível alimentadas pela mesa de mistura através de um circuito conhecido como Phantom Power.Nas mesa de mistura mais básicas,a voltagem anda entre os 16 e os 30 volts,mas nas mesas Pro são mesmo os 48 vdc que usam os pinos 2 e 3 das fichas de microfone para alimentarem as D.I.'s e também para alimentação de microfones electret ou de condensador.

Para evitar desastres,convém que os cabos e fichas a usar sejam de muito boa qualidade e que tenham a pinagem correcta de ponta a ponta:

Pino 1 - Ground / terra
Pino 2 - Hot / envio
Pino 3 - Cold / retorno.

Um cabo que tenha dois dos pinos cruzados entre si,pode simplesmente não funcionar,como pode danificar algum microfone ou outro equipamento que esteja ligado a uma mesa de mistura com o Phamtom Power ligado;muito cuidado com os cabos!!!! Cabos do chinês,nem por receita médica.  

Voltando às D.I.'s,para além desta utilização com guitarras e outros instrumentos,servem também de isolamento galvânico entre equipamentos,ou seja proporciona uma protecção extra contra acidentes....!

Ora, mais uma lição do mestre Slider! Sempre a aprender!   

Nem toda a malta precisa,mas nunca seria demais ter sempre uma D.I. passiva na mala de ferramentas,não vá o diabo tecê-las...(sim porque o gajo é accionista maioritário na Indústria Têxtil...!) 

Muito obrigado pela explicação Slider!   

obrigado por a explicação realmente quem sabe sabe

simples e acredito que seja bastante eficaz essa board.

realmente DI's são cenas do catano. safam muita coisa e poupam os ouvidos em cima do palco. é algo que também uso, mas de forma ligeiramente diferente. utilizo uma para ligar do out do amp ha mesa. uma DI com speaker simulation e said thru. só tem um problema, obrigatoriamente tenho de ter a coluna ligada ao DI sob pena de queimar o amp. mas nada que nao se resolva com uma load box, que com o tempo ha de vir. ha que poupar os ouvidos (apesar de tocar sempre com tampoes) e as costas. a coluna sao 20 kg e o amp sao só 10 xD

É sempre uma boa opção,mas ao prescindires da coluna do teu backline,é bom que tenhas um monitor razoável à tua frente onde poderás ter o teu som misturado com o som da banda,mas isso já depende do P.A. e do técnico...  

Tenho alguns amigos que simplesmente ligam as electroacústicas de um modo muito prático e eficaz:

Guitarra----->efeitos----->Splitter activo----->D.I.------> Mic input da mesa.

Aqui o Splitter/distribuidor envia uma linha para a D.I. para o som ser processado e enviado para a mesa de mistura,e envia outra linha rigorosamente igual para monitores de chão activos.A colocação dos mesmos depende de diversos critérios.

Bem sabemos que se trata de um "micro-P.A." com os custos relacionados,mas dá uma independência onstage que vale bem o esforço,tudo isto claro...custos à parte...!  

Presentemente quando toco com P.A.'s trabalhados por malta que sabe o que faz,uso o meu Roland AC-60 como o meu backline combo,mas já o usei como monitor do retorno de sinal enviado pela mesa. 

Pedro, se o teu amp tiver fx loop, possivelmente poderás ligar o "send" à DI, sem passar pelo poweramp. Assim podes deixar o standby desligado e não necessitas de ter os speakers a bombar pois o sinal sai do preamp.
Quer dizer, pelo menos foi o que li se um guitarrista que usava uma DI da behringer (a GI-100 Ultra), nunca experimentei, mas acredito que funcione sem problemas caso o teu amp tenha stand-by e fx loop.

Já era tempo de uma actualização...

como os electroacústicos cá em casa todos têm afinadores incorporados nos preamps,não fazia sentido ter o TU-3 a ocupar espaço e esta board é relativamente curta...(4 lugares seria bem melhor!)

Decidi tirar o afinador,e o Looper RC-3,avancei a malta e instalei um equalizador gráfico da Behringer que me veio numa troca a título de compensação.Não é mau de todo,não mete ruídos e funciona como deve ser!

Fica assim :




Amanhã vai haver testes diversos...